A “Arte do Junco de Forjães” estará exposta no Palácio de São Bento, em Lisboa, entre hoje e sexta-feira.
É uma das 22 produções certificadas em Portugal continental patente nesta mostra organizada, a convite do deputado Carlos Brás, pela A.Certifica, o único organismo de certificação das produções artesanais.
Considerada um dos patrimónios culturais, no concelho de Esposende, a produção artesanal das esteiras de Junco na Vila de Forjães teve um grande crescimento no século XX. Atualmente, esta produção artesanal está de volta, devido ao interesse suscitado quer pelos saberes tradicionais envolvidos, quer pela sustentabilidade das matérias-primas utilizadas.
A autenticidade das esteiras e cestas de junco dos artesãos de Forjães, assentes na sua qualidade e salinidade, sempre se distinguiram de artes similares que utilizam a mesma fibra vegetal.
O Município de Esposende tem em funcionamento o Centro Interpretativo do Junco, que se situa na antiga Escola Rodrigues de Faria, atual Centro Cultural de Forjães.
Em julho, decorreu neste local, a cerimónia de certificação do artesanato do Junco de Forjães, oficializando o processo de certificação da Unidade Produtiva Artesanal (UPA) de Isa Joana Silva, única artesã/UPA certificada.
Com isto, foram entregues Cartas de Mérito pelo CEARTE a Rosa Maria Pinto Brochado dos Santos, Maria Celina dos Santos Teixeira e Maria Filomena Mendanha da Rocha, cujo legado e testemunhos muito contribuíram para a emancipação desta arte, indo mais além da sua própria sobrevivência.
O Município tem investido na sua preservação e promoção, ao abrigo da estratégica de valorização e potenciação do seu território, associado ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
O artesanato do Junco de Forjães insere-se no Plano de Ação para a Sustentabilidade, Crescimento e Competitividade do Turismo em Esposende 2023-2027.
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