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Assembleia da República aprova voto de pesar pela morte de João Lobo  

A Assembleia da República aprovou um voto de pesar pelo falecimento de João Lobo, um causídico que foi presidente da Assembleia Municipal de Vila Verde e deputado.

Numa assumida “homenagem ao advogado, democrata exemplar, professor e político humanista”, a Assembleia da República aprovou na sessão plenária o voto de pesar, que foi subscrito por Carlos Cação e pelos restantes deputados do PSD eleitos pelo distrito de Braga, assim como pelos colegas parlamentares Fernando Negrão e o líder da bancada Adão Silva.​

Familiares e amigos de João Lobo marcaram presença na Assembleia, onde entregaram exemplares da obra literária do antigo deputado.

Sobre João Lobo, que morreu no passado dia 17 de Dezembro, os deputados referem que “foi um grande deputado, um grande causídico, um grande escritor, um grande humanista e um grande amigo dos portugueses, a quem, de resto, amava extremosamente”.

“Generoso, puro, leal, íntegro, incorrupto, fraterno, sapiente, benigno, afável, genuíno” foram adjetivos apontados a João Lobo, que foi eleito deputado da Assembleia da República nas listas do PSD, pelo círculo eleitoral de Braga, no quadro da XX Legislatura Constitucional, “tendo exercido as suas funções com total respeito pelos valores do pluralismo político-partidário, sem nunca pautar a sua ação pelo mais leve sinal de sectarismo ideológico, postura que lhe permitiu desenvolver um notável trabalho científico, técnico e político que muito prestigiou a ação do legislador e os superiores interesses do povo português”.

Os deputados lembram que “a extraordinária, embora breve, munificência da deputação de João Lobo viria a ser reconhecida por todos os partidos políticos representados na referida Legislatura, sem exceção, quando terminou a sua condição de deputado e regressou Braga”.

Acrescentam que João Lobo serviu igualmente a sua região, o seu concelho e a sua terra, nas vertentes política, social e cultural. Presidiu durante 17 anos à Assembleia Municipal de Vila Verde, presidiu à Assembleia Geral da Comunidade Intermunicipal do Cávado, era Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Braga e deixou uma vasta obra literária de inegável valor, expressa em numerosos títulos de crónica, conto, prosa poética e variadíssimos trabalhos científicos, particularmente na área do Direito Europeu e do Direito do Trabalho.

No voto de pesar da Assembleia da República, é reconhecido que “João Lobo foi um homem de uma cultura invulgar, senhor de um trato pessoal inexcedível, dono de uma grandeza de espírito inigualável, que deixou, ex abrupto, o selo da sua rica, multifacetada e luminosa personalidade no coração de todos os que tiveram a sorte de fruir a unção do seu altruísmo, da sua proficiência e do seu despojamento solidário”.

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