REGIÃO

REGIÃO -

Assistente social da ULS do Alto Minho suspenso após processo por assédio laboral

Um assistente social da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) foi suspenso por 35 dias sem vencimento após um processo disciplinar por assédio laboral, revelam documentos a que a Lusa teve esta segunda-feira acesso.

O “comportamento desadequado” do profissional daquela unidade de saúde “prolongou-se por cinco anos” e deu origem, no início de 2024, a uma queixa-crime apresentada pela vítima na PSP, bem como a um processo do Ministério Público (MP) junto do Tribunal Judicial de Viana do Castelo, de acordo com a instrução do processo de inquérito interno consultada pela Lusa.

No mesmo documento, a instrutora diz ter-se apercebido “da existência de mais vítimas que não quiseram apresentar queixa formal”, mas que testemunharam no âmbito do inquérito, nomeadamente uma ex-estagiária na ULSAM e a filha de uma doente que ali esteve internada, sendo que, com estas, houve “uma tentativa de contacto físico”.

As informações surgem dois dias depois de a Lusa noticiar que o enfermeiro diretor designado pelo Governo para o novo conselho de administração da ULSAM estava a ser alvo de um inquérito interno por assédio sexual em contexto laboral.

Neste caso, o assistente social viu-lhe aplicada, no fim de novembro de 2024, uma “pena de 35 dias de suspensão, com perda de retribuição e antiguidade”.

Contactada pela Lusa, a ULSAM confirma que “instaurou um processo disciplinar ao funcionário em questão, depois de um processo de averiguações interno”.

“No fim do processo, foi aplicada a sanção de 35 dias de suspensão e a perda do respetivo vencimento e antiguidade. A suspensão terminou a 06 de janeiro de 2025, tendo o colaborador voltado ao serviço. Não se verificaram até ao momento outras queixas sobre o funcionário mencionado”, indica a ULSAM.

A ULSAM acrescenta que, “na face de denúncias sobre o comportamento de colaboradores da instituição, tem diligenciado sempre a abertura de processos de averiguação e, quando justificado pelo apuramento dos factos, a aplicação das medidas previstas na lei”.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.

Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo, e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.

Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 3.000 profissionais, dos quais cerca de 600 médicos e mais de 1.000 enfermeiros.

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE