A Associação Empresarial de Braga chegou a acordo com os sindicatos subscritores do Contrato Colectivo de Trabalho do Comércio do Distrito de Braga, que prevê aumentos entre os 45 e os 70 euros, uma “actualização salarial ambiciosa”.
Em comunicado a Associação Empresarial de Braga (AEB) refere, esta sexta-feira, que os aumentos entre os 45 e os 70 euros, em função do nível da tabela de remunerações, representam aumentos entre os 4% e os 9%, respectivamente. Já o subsídio de alimentação aumentou de 4,50 para 5,50 euros /dia.
“É fundamental que o sector tenha salários competitivos, porque apenas deste modo conseguimos atrair e reter talento e aumentar os níveis de motivação e desempenho dos trabalhadores, mas sem nunca colocarmos em causa a sustentabilidade e competitividade das empresas”, afirma o presidente da AEB.
Para Daniel Vilaça, o acordo alcançado prevê uma “actualização salarial ambiciosa, mas responsável”.
As alterações constantes deste acordo entram em vigor após a sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego, estimando-se que possa ter lugar no decorrer do mês de Setembro. Porém, a tabela salarial e demais cláusulas com expressão pecuniária produzem efeitos a partir de 1 de Abril deste ano.
Segundo Daniel Vilaça, o acordo teve em consideração a progressão que se observou no Salário Mínimo Nacional e “o contexto socioeconómico vivido na região, procurando conciliar uma valorização salarial efectiva dos trabalhadores do sector com as possibilidades das empresas”.
Daniel Vilaça realça a opção das partes de privilegiar a actualização dos salários dos níveis mais baixos da tabela, de forma a diminuir o intervalo entre estes e os níveis mais elevados da tabela, que revelava uma “desproporção exagerada”.
“Consideramos importante que os trabalhadores com rendimentos menos elevados, pudessem ter um aumento mais significativo, porque foram e são os mais penalizados pela perda de poder de compra decorrente do aumento das taxas de juro e da inflação. É uma questão de justiça social”, diz o patrão do comércio bracarense.
Vilaça elogia “a abertura e flexibilidade” demonstrada pelas entidades subscritoras do contrato, que permitiu que fosse alcançado “um acordo positivo para todas as partes”.
Com a celebração deste acordo, “foi dado um novo e importante impulso à contratação colectiva e ao diálogo social entre empregadores e trabalhadores”, salienta o presidente da AEB.