A Associação Florestal do Cávado inicia esta quinta-feira um plano de queimadas controladas no Norte do concelho de Vila Verde, no âmbito de um programa de prevenção de incêndios florestais aprovado e financiado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O plano abrange uma extensão de 584,6 hectares, com uma série de intervenções programas para 93 parcelas situadas nas localidades de Aboim da Nóbrega e Gondomar, Prado S. Miguel, União de Freguesias da Ribeira do Neiva, União de Freguesias do Vade e Valdreu.
O presidente da Associação Florestal do Cávado, Carlos Cação, defende o plano de queimadas previsto como «uma medida eficaz de prevenção, face às características da zona de intervenção e ao histórico de incêndios, com recorrência cíclica de poucos anos, conforme demonstram os dados da Cartografia de Áreas Ardidas Nacional».
«Estão em causa áreas de matos de grandes dimensões e de elevada densidade, constituídas essencialmente por tojo, carqueja, urze e codeços, o que facilita a propagação rápida de material combustível e dificulta a eficácia das operações de limpeza», explica.
O líder da AF Cávado – que é a associação com maior número de equipas sapadores florestais no país – adianta que as causas principais que originam incêndios florestais, nesta zona do Norte do concelho de Vila Verde, são «a eliminação de sobrantes através de fogueiras, renovação de pastagens e incidências em zonas de caça».
Os dados estatísticos oficiais apontam que o concelho de Vila Verde tem uma média de área ardida anual de cerca de 745 hectares.
Face às perspectivas climatéricas de menor pluviosidade, com o plano de queimadas em causa, acompanhado das alterações legais que vieram limitar o recurso indiscriminado a fogueiras, pretende-se atingir uma redução substancial dos riscos de incêndio no próximo Verão.