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Ativistas e Proteção Civil

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Opinião de Fausto Pires

 

A sociedade pretende pôr fim à utilização de combustíveis fósseis, uma fonte de energia originada pela decomposição lenta de plantas, seres vivos e vegetais ao longo de milhares ou milhões de anos. Mas o que representa esta energia fóssil para a sociedade, que impactos/riscos provoca? Porquê a constante manifestação por parte da sociedade?

Em bom rigor, a energia fóssil tem um papel muito importante na sociedade, representa 75% da demanda energética mundial e representa um risco para o mundo devido aos gases gerados na combustão dos vestígios extraídos da cama terrestre, aumentando assim o efeito estufa. Recentemente, os alunos do Liceu Camões em Lisboa manifestaram-se sobre esta temática, apelando ao fim da utilização desta energia fóssil e com intuito de aligeirar a transição energética. Em bom rigor, estes jovens, os adultos de amanhã, preveem o risco (esgotamento da energia fóssil) e a minimizar o perigo (efeito estufa).

Greta Thunberg ficou conhecida pela defensora do clima, atravessou o Oceano Atlântico num veleiro para evitar emissão de carbono. Desta forma, Greta tornou-se um ícone do ativismo mundial. As mudanças climáticas são uma ameaça para o presente e futuro da humanidade, são estas que promovem a alteração do ciclo climático, nomeadamente a subida das águas do mar, escassez de água potável e o aumento do efeito estufa. Além das anteriores consequências, as mudanças climáticas constituem um dos principais motores do aumento dos incêndios, com as ondas de calor extremas, cinco vezes prováveis agora do que há 150 anos.

Quem fala em incêndios (v.g. Pedrógão Grande, entre outros), fala em cheias, nomeadamente as de elevada precipitação e os lisboetas não esquecem o dia 13 de dezembro. Falar em alterações climáticas é também falar do risco de escassez de água, que leva ao perigo de se perder animais, perdem-se culturas, entre outros perigos. Uma sociedade resiliente é uma sociedade que mitiga o risco, que age de forma preventiva e foi nesta base que no dia 26 de dezembro o Exmo. Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa discursou junto dos bombeiros do distrito da Guarda.

A segurança e proteção de pessoas e bens passa pela existência de uma proteção civil multidisciplinar e plurissetorial e para este efeito é necessário ter-se mais profissionais com uma cultura de segurança, capazes de desenvolver atividades de mitigação e reposição da normalidade face aos riscos naturais e tecnológicos. Se estamos perante vários riscos tecnológicos e naturais, porque não surgem ativistas na área da proteção civil, espalhando a palavra da prevenção e da mitigação ou só o problema da energia é fóssil é que é o único problema?

Na intervenção do Exmo. Presidente da República, foi proferido por este: “temos de prevenir no inverno…”. Será que esta individualidade espalhava a palavra de prevenção, estávamos perante um verdadeiro ativista da proteção civil? Até que ponto os ativistas fazem eco…? Quantas vezes as objetivas das câmaras de TV  dirigiram-se para os alunos do Liceu de Camões? Quantas páginas de jornais foram escritas, mencionando a Greta?! Na verdade, só temos um “ativista” a abordar o tema prevenção e a espalhar a cultura de proteção civil, o nosso Chefe de Estado!

O inverno ainda predomina, mais chuvas virão. Será que o cidadão e as instituições estão preparados e conscientes dos perigos que podem surgir com a futura precipitação?

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