O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão defende a criação de uma central municipal de atendimento único de socorro e a criação de um centro de recursos de meios do território.
“São duas ideias que podem contribuir para que as nossas corporações de bombeiros possam gerir melhor recursos humanos, meios e, estou em crer, acrescentar ainda maior eficácia ao que é a capacidade de resposta a situações de emergência e socorro”, disse Mário Passos, acrescentando que “o socorro e prontidão dos bombeiros é inestimável e não tem preço”, mas que deve ser pensada forma de reestruturar e reformar o sistema para melhorar eficácia, eficiência e gestão de recursos e garantido que o sentimento de segurança e prontidão, esteja assegurado”.
O autarca abordou a questão no decorrer de um seminário sobre a organização da estrutura de bombeiros, bem como as responsabilidades do Estado e das autarquias relativamente às corporações e ao seu papel como agentes do sistema português de protecção civil, promovido pelo Centro de Estudos e Intervenção em Protecção Civil (CEIPC).
Mário Passos lembrou ainda a este propósito o reforço dos apoios que o município de Famalicão tem prestado às corporações de bombeiros e Cruz Vermelha do concelho, no último ano acima dos 700 mil euros, um aumento que se situa na casa dos 40% nos últimos 3 anos.
O seminário debateu ainda a natureza diferenciada dos Corpos de Bombeiros existentes em Portugal – uns mantidos e criados por câmaras municipais e outros por associações humanitárias de bombeiros -, sobre a definição de estratégias dos poderes central e local, o quadro de soluções possíveis a implementar e a delimitação de competências e responsabilidade de cada um dos níveis de poder que resultem na dignificação e valorização dos bombeiros (profissionais ou voluntários), bem como a garantia de eficácia e eficiência no desempenho da sua missão de salvaguardada de pessoas e bens e na acção da Protecção Civil.
O debate decorreu ao longo de todo o dia de quarta-feira, com um conjunto de especialistas como da Liga dos Bombeiros Portugueses, da Escola Nacional de Bombeiros, do CEIPC, autarcas e representantes da Protecção Civil.