As autoridades alertam para a «perigosidade» dos fugitivos de Vale de Judeus. Segundo a PJ, farão de tudo para se manter em liberdade, mesmo que isso coloque em causa a vida humana.
Numa conferência de imprensa conjunta esta manhã, com a GNR, PSP, PJ e elementos da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e do Sistema de Segurança Interna, foi referido que, no terreno, está montada uma grande operação para capturar estes homens, considerados perigosos.
Dois deles cumpriam pena máxima por crimes violentos.
O diretor nacional da Polícia Judiciária disse que a fuga foi pensada ao detalhe e que são pessoas muito violentas e alerta a população para o perigo.
“Dos nossos trabalhos que já levam 20 horas detetamos que todos os pormenores [da fuga] foram preparados ao mínimo detalhe”, disse Luís Neves, salientando a cooperação existente entre todas as forças de segurança.
O responsável alertou ainda para a necessidade de haver “cuidado e reserva na comunicação” durante a investigação, apelando à população que, se tiver alguma informação sobre os evadidos, contacte as forças de segurança ou o 112.
O diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais rejeita que a fuga dos reclusos de Vale de Judeus esteja relacionada com a falta de guardas. Ao contrário do que disse o Sindicato do Corpo da Guarda Prisional, Rui Abrunhosa Gonçalves garante que a prisão tinha os guardas necessários para o número de reclusos
Dois dos homens em fuga cumpriam pena máxima: Fábio Loureiro, de 33 anos, condenado por vários crimes, como tráfico de droga, associação criminosa, extorsão e branqueamento.
A cumprir 25 anos de prisão estava também Fernando Ferreira, de 61 anos. Liderava um grupo violento responsável por assaltos à mão armada. Também foi condenado por tráfico de droga e rapto.
Em fuga está também um dos homens mais procurados na Argentina por assassinar filhos de governantes. Cá foi condenado por assaltos a bancos e ourivesarias.
Entre os fugitivos está ainda um britânico, condenado a 9 anos por sequestro e roubo, e outro da Geórgia, condenado a 7 anos por furtos e falsificação de documentos.
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