Os deputados municipais do Bloco de Esquerda (BE) querem saber quantas crianças do concelho de Braga, que frequentam o 1.º ciclo e o ensino pré-Escolar, beneficiaram do escalão A e B da Acção Social Escolar e apelam para a autarquia faça chegar refeições a todas as crianças e às suas famílias.
O motivo da pergunta, explica a comissão Coordenadora Concelhia bloquista, prende-se com “o facto do presidente da Câmara de Braga ter feito declarações à imprensa, onde afirmava que a procura de refeições escolares durante a pandemia tinha sido “residual”, razão pela qual não se mostrava disponível para prolongar essa oferta durante o mês de Agosto”.
Em requerimento à presidente da Assembleia Municipal de Braga, o BE diz estimar que “sejam centenas as crianças que por serem de oriundas de famílias com dificuldades, beneficiavam dos escalões A e B, no início do ano lectivo, não sendo razoável pensar que, com a pandemia a sua situação sócio-económica tenha melhorado, bem pelo contrário”.
“Dizer, por isso, que a procura foi residual, significa que a autarquia e os agrupamentos, não conseguiram encontrar forma de suprir esta necessidade, pois as famílias não solicitaram as refeições por desconhecimento, ou por receio de saírem à rua para as irem levantar”, argumenta o Bloco.
Com as escolas fechadas “urge, por isso, chegar junto de todas as crianças e das suas famílias, levando-lhes a refeição, se necessário for, ou definindo pontos de entrega em zonas relativamente próximas dos seus locais de residência, no sentido de ultrapassar também a barreira da distância”.
Os bloquistas insistem apelar à Câmara de Braga, “no sentido de implementar esta medida e de a estender aos irmãos mais velhos de cada agregado, que frequentem os 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário nas várias escolas, concertando com os agrupamentos uma forma destes pagarem à autarquia este serviço que, para os alunos a partir do 5.º ano não é da responsabilidade camarária”.