O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo, através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sobre as acessibilidades para pessoas com deficiência na Universidade do Minho (UMinho). Em causa, está o acesso aos elevadores dos edifícios 1, 2 e 3 do Campus de Gualtar desta universidade, que é feito apenas com chave, o que condiciona e limita o acesso aos mesmos.
No documento entregue da Assembleia da República, os bloquistas referem que “não se pode aceitar a situação que ocorre na Universidade do Minho, onde as pessoas que não têm mobilidade nos membros superiores não conseguem ter acesso ao uso dos elevadores, tendo que solicitar colaboração de terceiros para se deslocarem”.
Para o BE, a “acessibilidade define-se como a capacidade do meio de proporcionar a todos uma igual oportunidade de uso, de uma forma directa, imediata, permanente e o mais autónoma possível”.
“Não é admissível que o carácter inclusivo da universidade seja colocado em causa para estudantes com condições de deficiência. Devem ser criadas todas as condições para que estes alunos tenham na Universidade do Minho o direito e a possibilidade de usufruírem dos equipamentos, serviços e condições pedagógicas que estão ao dispor de toda a comunidade académica”, Pedro Soares, deputado do Bloco eleito pelo círculo de Braga.
“A Reitoria tem a obrigação de garantir igualdade de oportunidades, nomeadamente quanto a acessibilidades, para toda a comunidade. Esta questão não pode ser vista apenas como um conjunto de umas quantas rampas, mas como uma filosofia de acolhimento com dignidade, conforto e acessibilidade em todo o campus”, refere Pedro Soares.
“Queremos crer que a Reitoria e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior adoptarão com urgência as medidas necessárias para que o problema da utilização dos elevadores por pessoas com deficiência seja resolvido”, conclui o parlamentar bloquista.