O grupo de deputados do Bloco de Esquerda em Braga fez uma recomendação à Câmara, na última Assembleia Municipal no sentido de serem colocadas “explicações históricas” nas estátuas colocadas na cidade ao tempo do «Estado Novo», como sucede na do Marechal Manuel Gomes da Costa.
Ao que o Vilaverdense soube, o BE fez uma declaração política onde ponderou pedir ao Município a retirada das estátuas, mas acabou por solicitar, apenas, que sejam colocadas placas com alusão ao período ditatorial que se viveu antes do 25 de Abril de 1974. Proposta que foi aprovada.
Na madrugada deste 25 de Abril, activistas do Bloco de Esquerda taparam a estátua, situada na Praça Conde de Agrolongo, em Braga.
Em comunicado, os bloquistas explicaram que, “de acordo com Alexandra Vieira, historiadora e deputada na Assembleia Municipal local pelo Bloco, este militar foi responsável, a 28 de Maio de 1926, na 1.ª Republica, pela implantação da ditadura militar, que mais tarde deu origem à ditadura fascista”.
A escultura está em Braga desde 1966 e representa, segundo Alexandra Vieira, “a implantação do fascismo em Portugal e mantém a cidade associada a este período negro da história portuguesa”.
“Como é que 44 anos depois a cidade de Braga ainda tem estas esculturas simbólicas numa praça pública no centro da cidade”, questiona a deputada bloquista.
“O objectivo desta acção é o de por os bracarenses a pensar e a discutir a razão pela qual a escultura foi hoje tapada”, de modo a perceberem “quem é esta personagem e o que ela representa”, conclui.