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Belga Leïla Pile vence Prémio Aquisição da Contextile – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea de Guimarães

A obra ‘Graduated Ribbons’, da belga Leïla Pile, foi distinguida com o Prémio de Aquisição da Exposição Internacional na Contextile 2022 – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, presente no Palácio Vila Flor, em Guimarães.

‘Graduated Ribbons’ [fitas graduadas] é uma instalação composta por fitas tecidas e desenhos. Leïla Pile recorda que no Anciens Abattoirs de Mons (Antigos Matadouros de Mon s- centro de arte contemporânea em Mons, Bélgica), as calhas estão suspensas. Os ganchos que estão pendurados circulam ao longo de 200 metros. No século XIX tinham a função de distribuir e organizar o espaço. Eram utilizados para mover as carcaças.

É a partir desta ideia que Leïla Pile elabora o seu trabalho. As seis fitas são concebidas de acordo com um protocolo de três cores. O vermelho é sobreposto à alternância cru/preto que corresponde a todas as secções de calhas de ponta a ponta. Enroladas, a borda das fitas revela o ritmo e a vibração dos segmentos coloridos.

O Prémio Aquisição, adquirido pelo município vimaranense, parceiro institucional da Contextile 2022, mostra de Arte Têxtil Contemporânea que vem deixado a sua marca desde 2012, aquando da Capital Europeia da Cultura, e que projectou a Contextile como referência internacional no âmbito da arte têxtil contemporânea.

O júri internacional composto por Lala de Dios (curadora e professora de têxtil), Janis Jefferies (professora de artes visuais e curadora), Monika Grasiené-Zaltê (artista têxtil e curadora), Orenzio Santi (professor e artista têxtil) e Cláudia Melo (directora artística da Contextile 2022) também distinguiram com menções honrosas as obras ‘The Shopping Bags of Tartarus’, da finlandesa Arja Kärkkäinen, ‘Flashlight & Turn it off’, da chilena Estefanía Tarud, ‘Plastic Textile’, dos italianos IPER-collettivo, e ‘Ativando Guimarães’, da brasileira Vania Sommermeyer.

EXPOSIÇÕES

Contando, mais uma vez, com a parceria e o apoio da autarquia e da DGArtes, bem como da industria têxtil, a Contextile 2022 ocupa os vários espaços culturais e áreas públicas da cidade, tendo por referência a Exposição Internacional com 50 obras, de 50 artistas, seleccionados por um júri internacional, ao que se soma, entre outras iniciativas, a intervenção artística em espaço público do reconhecido artista ganês Ibrahim Mahama.

Já a exposição ‘O têxtil na arte portuguesa’, contempla obras de 10 artistas que incluíram o têxtil nas suas práticas artísticas, como Ana Vieira, António Barros, Eduardo Nery, Gisella Santi, Joana Vasconcelos, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, José de Guimarães, Leonor Antunes, Lourdes Castro e Margarida Reis.

A Contextile 2022 – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea encerra a 30 de Outubro.

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