Um concerto de César Prata e a apresentação de dois livros de José Afonso, por Octávio Fonseca e José Moças, marcaram a última sessão do programa ‘Aqui há Cultura’, na biblioteca municipal de Vila Verde, na noite da passada sexta-feira.
Um serão notável dedicado a celebrar a vida e obra de Zeca Afonso e a música tradicional portuguesa. No salão nobre da Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, o público ficou encantado com o concerto de César Prata, antecedido pelas apresentações dos livros “Zeca Afonso – balada do desterro”, de Teresa Moure e Maria João Worm, e “Os primeiros anos – correspondência entre Zeca Afonso e Rocha Pato”, editado pela Tradisom com a coordenação de Octávio Fonseca.
A noite começou com a apresentação do livro de banda desenhada “Zeca Afonso – balada do desterro”, da escritora galega Teresa Moure com ilustração de Maria João Worm, apresentado por José Moças, editor da Tradisom.
O livro é uma biografia intimista do cantor que marcou o século XX em Portugal. Segundo José Moças o livro une duas faces, uma “verdadeira”, sustentada na investigação da autora, e outra “baseada na ficção” no que Teresa Moure interpretou do que descobriu sobre Zeca Afonso. Esta sessão ficou ainda marcado por um momento único: José Moças convidou o público a ouvir uma canção gravada de Zé Mário Branco que nunca tinha sido publicada, tratando-se de uma música dedicada a Otelo Saraiva Carvalho.
Um segundo momento foi a apresentação do livro “Os primeiros anos – correspondência entre Zeca Afonso e Rocha Pato”, uma obra, editada pela Tradisom, que lança um novo olhar sobre os primeiros anos de cantor de José Afonso, com a coordenação de Octávio Fonseca, que fez a apresentação. O livro parte de uma investigação das cartas e postais enviados por José Afonso, entre 1962 e 1970, ao jornalista Albano da Rocha Pato, pai do guitarrista Rui Pato.
Na apresentação, Octávio Fonseca revelou vários factos pouco conhecidos do percurso inicial de José Afonso. Entre os quais, por exemplo, como Albano da Rocha Pato foi importante para o começo de Zeca Afonso. “Foi a primeira pessoa a perceber da genialidade de Zeca Afonso em todos os aspetos da sua música”, realçou o autor, sublinhado que foi o jornalista que o convenceu a gravar as primeiras badaladas.
A sessão terminou com o concerto acústico de César Prata, inserido na celebração da música tradicional portuguesa.
O cantor encantou o público tocando em guitarra temas de várias regiões de Portugal, como dos Açores, das Beiras e do Minho.
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