BRAGA

BRAGA -

Biblioteca Pública evoca Almada Negreiros

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

A Biblioteca Pública de Braga (BPB) apresenta até 18 de maio uma exposição documental sobre Almada Negreiros, assinalando os 125 anos do nascimento deste artista e escritor português. Há para ver mais de uma centena de publicações ligadas à sua biografia e produção literária, além de evocações e artigos de imprensa. A mostra está patente no átrio desta unidade cultural da Universidade do Minho, situada na Praça do Município, tendo entrada livre nos dias úteis, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. A iniciativa insere-se no ciclo expositivo “Efemérides” da BPB.

Almada Negreiros (1893-1970) pertenceu, a par de nomes como Fernando Pessoa, Sá Carneiro, Santa Rita e Amadeu de Souza-Cardoso, à primeira geração de modernistas portugueses, cuja revista estético-literária “Orpheu” marcaria a vida cultural do país. A extravagância inicial de Almada Negreiros incluiu ataques violentos e jocosos, como no “Manifesto Anti-Dantas e por Extenso”, classificando as elites como “uma resma de charlatães e de vendidos”.

O “Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do século XX” (1917), que apresentou no Teatro República e publicou na revista “Portugal Futurista”, foi outro marco. “É preciso criar a pátria portuguesa. Sinto a força para não ter, como vós outros, a cobardia de deixar apodrecer a pátria”, referiu, desejoso de indignar as pessoas e induzi-las a construir uma nação de cultura mais actualizada.

No seu percurso, que passou por Paris e Madrid, reinventou-se permanentemente como artista plástico, poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo e no bailado. Ficaram conhecidas, por exemplo, as novelas “A engomadeira”, “Saltimbancos” e “K4 O Quadrado Azul”. Colaborou também nas revistas “Contemporânea”, “Athena”, “Presença” e no “Diário de Lisboa”. Como pintor, venceu os prémios Nacional das Artes, Columbano, Domingos Sequeira, Gulbenkian e Diário de Notícias. Tem trabalhos em espaços icónicos como a Fundação Gulbenkian, as Gares de Alcântara e o Bristol Club. “As minhas obras devem ser lidas pelo menos duas vezes pelos mais inteligentes e daí para baixo é sempre a dobrar”, comentou. “Surpreender, chocar, invectivar, com a ironia estampada no sorriso e a malícia no olhar era para Almada tão natural como respirar”, definiu Joaquim Vieira na foto-biografia que dedicou àquele artista multifacetado.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.