O Bloco de Esquerda (BE) de Vila Verde veio esta sexta-feira a público criticar aquilo que diz ser o «caos da mobilidade» na vila, tendo em conta a proliferação de lombas e passadeiras elevadas, até porque foram feitas «sem qualquer informação prévia aos munícipes».
Para os bloquistas, a Câmara «persiste e insiste em lançar obras no município sem as apresentar e debater previamente com os munícipes», o que leva a que concluir que «a cultura de participação cidadã não mora nos Paços do Concelho».
«Reduzir um desconhecido plano de mobilidade sustentável à colocação de lombas e à construção de uma ciclovia mal pensada e mal projectada, onde não passam duas bicicletas lado a lado em segurança, ridiculariza o próprio conceito de mobilidade sustentável», apontam.
Segundo o BE, «as populações sentem-se naturalmente prejudicadas com a proliferação de lombas sem rei nem roque» e «a mobilidade em Vila Verde está a tornar-se um caos».
«O +residente da Câmara quer mostrar serviço neste último mandato. Dentro de pouco tempo começarão os trabalhos para o saneamento na Vila de Prado sem que antes a Laje esteja concluído. Vila Verde encontra-se esburacada por todas as freguesias do concelho. Começam, mas não acabam», critica.
O Bloco aponta ainda à construção da ecovia nas margens do Cávado, reiterando as críticas à falta de informação.
«A Câmara diz ter dinheiro para expropriar os terrenos na zona ribeirinha para a continuidade da ciclovia junto ao rio, mas não há informação de qualquer estudo ambiental por onde a ciclovia vai passar, recordando que nos dois últimos anos a praia fluvial de Prado chegou a estar interdita a banhos», diz.
Por essas razões, «o Bloco de Esquerda defende a elaboração de um verdadeiro plano de mobilidade sustentável, transparente e com a participação dos cidadãos, e que preveja transportes públicos que liguem as várias freguesias, modos de transporte com fontes de energia limpas e com tarifas mais reduzidas, infraestruturas de mobilidade planeadas para todo o município».