CASO DE POLÍCIA

CASO DE POLÍCIA -

Bombeiro de Fafe suspeito de atear incêndios detido pela Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária deteve um homem de 31 anos de idade, bombeiro de profissão, indiciado pela prática de onze crimes de incêndio florestal em Fafe.

A detenção do mesmo resulta de uma investigação do Departamento de Investigação Criminal de Braga da Polícia Judiciária, com a estreita colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural – Zona Norte. O indivíduo foi detido fora de flagrante delito, acusado de ser o autor de onze crimes de incêndio florestal, ocorridos entre os dias 06 de junho e 07 de julho do corrente ano, em várias freguesias do Concelho de Fafe.

Durante aquele período de tempo, várias freguesias do concelho de Fafe, designadamente Quinchães, S. Gens e Moreira do Rei, foram sistematicamente atingidas por uma onda simultânea de incêndios florestais, causando alerta entre a população local.

«Das diligências realizadas, resultou a identificação de um indivíduo, de 31 anos de idade, com a profissão de bombeiro, o qual, por vingança, fazendo uso da sua viatura pessoal, por norma após abandonar o serviço ou dias em que se encontrava de folga, procedia a inúmeras ignições em espaço rural e florestal», avança a PJ, em comunicado.

Aliás, aquela força policial refere que acredita que «o arguido seja responsável por dezenas de incêndios lavrados em Fafe nos últimos dois anos, o que fez elevar este concelho para um dos que maior índice de ignições registou».

No comunicado, a Polícia Judiciária avança que não existe ainda uma estimativa real da área consumida pelos incêndios, embora aponte que se cifra «em vários hectares de floresta, constituída principalmente por eucaliptos e mato. Os vários locais onde os incêndios ocorreram situam-se em zonas com condições de propagação a manchas florestais de grandes dimensões, gerando enorme risco, potencialmente alimentado pela carga combustível ali existente e pela orografia própria da região, o que se traduziu em elevadíssimo perigo concreto para as pessoas, para os seus bens patrimoniais e para o ambiente.

As diligências realizadas permitiram a recolha de vasto acervo probatório e levaram à detenção fora de flagrante delito do arguido, o qual será presente à Autoridade Judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

ovilaverdense@gmail.com

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