Braga é o único município português que integra o projecto Clearing House, uma iniciativa que busca promover o desenvolvimento urbano sustentável e melhorar a qualidade de vida dos moradores de cidades ao redor do mundo, anunciou esta segunda-feira a autarquia em comunicado.
O objectivo global do mecanismo de troca de conhecimentos do Clearing House é promover o desenvolvimento de capacidade, apoio científico e troca de conhecimentos e práticas sobre florestas urbanas como soluções baseadas na natureza (FU-SBN).
A candidatura do município bracarense baseou-se, afirma o comunicado, na “experiência desenvolvida desde 2014 na criação de pequenos espaços de floresta nativa espalhados pelo concelho, envolvendo a população, nomeadamente escolas, associações e voluntários em geral num programa denominado Florestar Braga assim como o Oxigenar Braga”.
O comunicado aponta ainda o trabalho realizado após o incêndio florestal de Outubro de 2017, em que foram feitas plantações de florestas nativas pela autarquia, com verbas do Ministério do Ambiente, nomeadamente em zonas com algum declive ou junto a ribeiras, mesmo em espaços privados, de forma a minimizar a erosão e a contaminação das águas.
“Relevante também foi a criação do Parque Urbano das Camélias – laboratório da EMAAC (Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas) e o trabalho de plantação de floresta autóctone e de controlo de plantas invasoras que se tem vindo a realizar no picoto”, diz ainda a autarquia, referindo que o “planeamento, gestão e inclusão activos na agenda climática da floresta urbana podem melhorar a resiliência da sociedade às mudanças climáticas e ajudar cidades e comunidades a se adaptarem melhor”.
Clearing House é um projecto financiado pelo H2020 que reúne 26 parceiros na Europa e na China em vários sectores e fornece evidências e ferramentas que facilitam a mobilização de todo o potencial das Florestas Urbanas como Soluções Baseadas na Natureza para reabilitar, reconectar e restaurar ecossistemas urbanos.