Braga é uma das cidades que este sábado são palco de manifestações pelo “fim genocídio do povo palestiniano, um cessar-fogo permanente e para que se abra caminho à criação de um Estado livre e independente”. A iniciativa está marcada para as 15h00, com concentração no coreto da Avenida Central.
Convocada por três dezenas de colectivo, a Manifestação Nacional Palestina Livre, que se realiza ainda em Lisboa, Faro e Angra do Heroísmo, apela à mobilização de “todas as pessoas solidárias com a Palestina, defensoras da paz e dos direitos humanos, para quem o sofrimento do povo palestiniano se tornou insuportável” e exige que Portugal reconheça o Estado da Palestina.
Assumindo-se como “a voz da Palestina livre”, os colectivos dirigem-se directamente ao Estado Português, para exigir que este “exerça toda a pressão internacional ao seu alcance para o cumprimento de um cessar fogo imediato, incondicional e duradouro, e para pôr fim ao bloqueio de 17 anos à Faixa de Gaza”.
E ainda para que Portugal “não contribua de maneira alguma para a escalada de agressões contra o povo palestiniano”, pondo um “fim imediato” a “qualquer colaboração militar ou logística em operações que envolvam o exército israelita”.
Os organizadores exigem que a base das Lajes e o espaço aéreo ou marítimo português não sejam postos ao serviço do esforço de guerra israelita, e o fim da participação de Portugal das operações militares no Mar Vermelho.
APELO A BOICOTES
Os promotores da manifestação nacional querem ainda que Portugal apoie tanto o caso apresentado pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça, como o caso apresentado pelo México e o Chile no Tribunal Penal Internacional contra Israel, bem como corte os laços diplomáticos com o Estado de Israel, expulsando, inclusive, o Embaixador de Israel, que “tem sido um agente de propaganda pró-genocídio”.
No manifesto é ainda exigido que o Estado Português reconheça o Estado da Palestina imediata e incondicionalmente.
Por fim, os colectivos apelam a adesão à campanha de boicotes, desinvestimento e sanções (BDS) contra o estado de Israel, até que este cumpra as suas obrigações perante o direito internacional. Em particular, referem o fim imediato de qualquer colaboração com empresas israelitas ligadas à indústria do armamento ou cúmplices na ocupação de territórios palestinianos.
COLECTIVOS
O Manifesto da Manifestação Nacional Palestina Livre é subscrito pelos seguintes colectivos: A Colectiva, Academia pela Palestina Braga, Algarve pela Palestina, Associação Olho Vivo, Bloque Nacionalista Galego – Assembleia de Portugal, BOTA Anjos, Braga Fora do Armário, Chão das Lutas, CIDAC, CIVITAS Braga, Coimbra pela Palestina, Colectivo Andorinha – Frente Democrática Brasileira em Lisboa, Colectivo pela Libertação da Palestina, Comité de Solidariedade com a Palestina, Consciência Negra, Em Luta, Estudantes Por Justiça e Paz na Palestina – FCSH, Greve Climática Estudantil Braga, Grita por Gaza, Habita, Humans Before Borders, Núcleo Antifascista de Bragança, Palestina em Português, Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia, Plataforma Já Marchavas, Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina, Precários Inflexíveis, Rede 8 de Março, Sirigaita, SOS Racismo, Stop Despejos, The Revolution Will Not Happen on Your Screen, Vida Justa.