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Braga. Encontrou um amigo de escola e começou a extorqui-lo e a forçá-lo

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Começou a ser julgado esta quarta-feira no Tribunal de Braga por crimes de sequestro, extorsão e furto qualificado. António Cabrera Ribeiro, de 27 anos, de Braga, foi acusado pelo Ministério Público do Tribunal local por ter tentado extorquir dinheiro a um antigo colega de escola, João Morant.

Diz a acusação que os dois se encontraram no início de 2018, no bairro do Fujacal, depois de vários anos sem se verem. A certa altura, Cabrera propôs-lhe a compra de umas sapatilhas da marca Nike, dizendo-lhe que “depois falavam no preço”. Morant aceitou.

Passados alguns dias, António Cabrera começou a telefonar ao amigo, a exigir dinheiro e a começar a ameaçá-lo. Fê-lo por duas ou três vezes, dizendo que “tinha de dar de comer aos filhos”.

Como resposta, o «comprador» das sapatilhas disse-lhe que só recebia o salário no começo de Maio. Apesar disso, intimidado, foi-lhe entregar dez euros. Em sete de Maio, Cabrera fez mais um telefonema e, em resposta, foi-lhe dito que lhe daria mais 40 euros já que as «Nike» não valiam mais do que 50. Ameaçado, deu-lhe 40 euros e acabou por lhe entregar mais 50. Mas o caso não ficou por aqui…

SEQUESTRO

De facto, a 10 de Maio, Cabrera telefonou-lhe pedindo-lhe mais dinheiro, por que estava “com problemas”. Insistiu em marcar um encontro e explicou-lhe que “tinha uma dívida a uns ciganos de Barcelos”, oriundos da Galiza, que teria de pagar “para não ter problemas”.

Ingénuo – diz o MP – Morant voltou a encontrar-se com ele, mas disse-lhe que não tinha dinheiro. Acto contínuo, o arguido deu um murro na protecção lateral do vidro do carro, partindo-o.

Foram, depois, a um café em Maximinos. Aí, a vítima, que trazia um telemóvel Samsung pediu à dona que lho guardasse, temendo que o outro lho tirasse. Na ocasião, meteu o cartão multibanco numa sapatilha, para o esconder.

A seguir, como que o obrigou a entrar para o carro, para irem ter com os tais indivíduos, que descreveu como “traficantes perigosos”.

Pediu-lhe para ir levantar 120 euros a um multibanco em Ferreiros, o que João Morant fez, mas com o cartão de outra conta, onde só tinha três euros.

Quis, então, sacar-lhe o telemóvel, mas ele disse que não o trazia. Cabrera revistou-o e ligou para o telemóvel para ver se o escondia. “Não brinques comigo”, ameaçou. Ao todo, obrigou Morant a andar três horas de carro, às voltas, sempre proferindo ameaças.

TELEMÓVEL

No dia seguinte, pelas 7h45 da manhã, Cabrera foi ao café, suspeitando que tinha lá ficado. Pediu-o à dona, esta disse que não tinha nada, mas ele ligou o ouviu-o a tocar. Acabou por sair com ele, furtando-o. O MP concluiu que o arguido agiu para privar a vítima da “sua liberdade” e acusou o de sequestro, extorsão e furto.

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