A Câmara de Braga queria que os parcómetros passassem a ser geridos pelos Transportes Urbanos de Braga (TUB) a partir de Novembro. Mas a Assembleia Municipal, que teria de aprovar a medida já votada em reunião de vereadores na Câmara, prevista para o fim deste mês, foi adiada para não colidir com a campanha eleitoral.
Esta segunda-feira, na Câmara, ficou decidido que os automobilistas pagarão, a partir de Novembro, parcómetros em mais 11 ruas do centro urbano de Braga. A alteração foi aprovada com os votos da maioria PSD/CDS e do PS e contra da CDU.
No total, passa a haver 1897 lugares de estacionamento, mas o preço por hora diminui de um euro para 80 cêntimos. A sua gestão transita para os Transportes Urbanos de Braga (TUB) que prevêem arrecadar 500 mil euros por ano. E vão contratar seis fiscais.
O aumento de artérias foi justificado pelo presidente do Município, Ricardo Rio, com a necessidade de se criar maior rotatividade no estacionamento e com a vontade de moradores e Juntas de Freguesia.
Entre as que passam a ter máquinas de cobrança estão as ruas do Raio, 25 de abril, de Diu, dos Bombeiros Voluntários, do Carvalhal, de Santo André, de São Geraldo, bem como a Praça Cândido Vieira da Costa e a Travessa Adaltiva Vieira. Deixa de ter parcómetros a Avenida Padre Júlio Fragata.
Na ocasião, o socialista Artur Feio pôs reticências à iniciativa, sustentando que a actual maioria fez campanha contra o alargamento, a mais 27 ruas, do contrato de concessão dos parcómetros assinado em 2013 pelo ex-presidente socialista Mesquita Machado com a Britalar, do empresário António Salvador.
“Criticaram muito mas agora voltam a pôr mais 17 ruas”, apontou.
Carlos Almeida, da CDU, disse que se trata, apenas, de “cobrança fácil” e lembrou que a diminuição de ruas “era uma das grandes causas de Rio”.
Em resposta, Ricardo Rio disse que o aumento se deve a questões de mobilidade, sublinhando que “se fosse para aumentar receitas não se diminuía em 20 por cento o preço/hora”. De resto, antes havia três mil parcómetros, mais 1200 do que actualmente.
Já o gestor dos TUB, Teotónio dos Santos, explicou que o número de ruas cresce de 33 para 44, não atingindo, portanto, as 17.
Na reunião, a maioria votou, com críticas do PS e da CDU, a passagem da gestão do estacionamento para os TUB. Ambos os partidos pensam que devia ser a Polícia Municipal a fiscalizar e entendem que há “um esvaziamento da sua função”.
A proposta votada propõe uma avença especial para carros elétricos, de 12 euros mensais.
“É necessário salvaguardar um acesso ao estacionamento que seja preferencial para residentes e comerciantes. Os centros históricos têm défice de lugares de garagem”, salienta.