As ruas de Braga voltaram a encher-se, esta sexta-feira à noite, para a Procissão do Enterro do Senhor, uma das mais manifestações mais imponentes e solenes da Semana Santa. O cortejo foi acompanhado por milhares de espectadores, à semelhança dos que aconteceu nas procissões realizadas nos dois dias anteriores.
Com origem nas práticas promovidas pela Irmandade de Santa Cruz a partir do século XVII, a Procissão do Enterro do Senhor apenas se estabeleceu nas dinâmicas em 1933, na sequência da instituição da Comissão da Semana Santa ocorrida por ocasião do jubileu do Ano Santo da Redenção
Organizada conjuntamente pelo Cabido da Sé, Comissão da Semana Santa, Irmandade de Santa Cruz e Irmandade da Misericórdia, recorda a morte e a deposição de Jesus Cristo. Tal como um cortejo fúnebre, a procissão conduz uma urna com a imagem de Cristo morto, juntamente com o andor de Nossa Senhora da Soledade.
Em sinal de luto, os participantes vão de cabeça coberta, ostentando um véu de luto. As matracas dos farricocos são silenciadas. As bandeiras e estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.