A violência doméstica – “crime mais denunciado e o crime que mais mata e Portugal” – foi o tema que dominou o encontro de Bruno Maia, cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda (BE) por Braga, com a Cáritas.
As responsáveis da Cáritas Braga informaram o candidato bloquista que aquela entidade arquidiocesana acolheu 311 pessoas no seu centro de acolhimento de emergência para vítimas de violência doméstica.
“Constatamos que um dos muitos problemas com que as vítimas de violência doméstica se deparam, em Braga, é o problema da falta de habitação”, afirma Bruno Maia, referindo que “a violência doméstica contra cônjuge continua a ser o crime mais participado em Portugal, com mais de 26 mil queixas”.
Depois de verificar que uma das dificuldades com que as vítimas de violência doméstica se deparam no seu processo de superação é o elevado preço das rendas, Bruno Maia defende que “as mulheres vítimas de violência doméstica e os seus filhos devem ter prioridade na atribuição de habitação pública e a custos controlados, no caso de terem de abandonar a moradia familiar”.
“Defendemos também que as medidas de coacção de afastamento da vítima têm de prever que quem abandona a casa de morada de família é o agressor e não a vítima”, diz o candidato bloquista.
A Cáritas Braga, no ano de 2023, o serviço de atendimento social da Cáritas Braga recebeu um total de 3.394 pessoas. No que concerne a resposta no âmbito da violência doméstica, 311 pessoas foram acolhidas no Centro de Acolhimento de Emergência para Vítimas de violência doméstica (CAE) e foram integradas 11 pessoas em apartamentos partilhados. No Espaço Igual, para apoio à vítima, 61 pessoas foram apoiadas e 53 crianças e jovens vítimas acompanhadas psicologicamente.
Além de Bruno Maia, Bloco fez-se representar pelas candidatas Teresa Amorim, Joana Paiva e Cristina Andrade.
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