A Polícia Judiciária (PJ) deteve 13 pessoas, entre os quais dois guardas prisionais, no âmbito de uma megaoperação, realizada esta quarta-feira, que visa um alegado projeto criminoso em que eram introduzidas substâncias ilícitas em várias cadeias do país.
“A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, desencadeou, esta madrugada, uma operação policial nas zonas de Lisboa, Alcoentre, Sintra e Funchal, para cumprimento de 32 mandados de busca e apreensão (14 domiciliárias e 18 não domiciliárias), e que visa um alegado projeto criminoso, praticado, entre outros, por guardas prisionais que facilitam a entrada de substâncias ilícitas nos estabelecimentos prisionais a troco de vantagem patrimonial”, refere um comunicado da PJ.
Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes, tráfico de substâncias e métodos proibidos, falsificação de documentos e branqueamento.
“Até ao momento, foram detidos 13 suspeitos, dois dos quais são guardas prisionais”, detalha o comunicado, confirmando assim a notícia avançada pela TVI/CNN Portugal. Inicialmente, a RTP noticiou que tinham sido detidos oito guardas, mas entretanto a informação foi retificada.
Segundo a PJ, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais prestou toda a colaboração à investigação desenvolvida, designadamente, através da Direção dos Serviços de Segurança e do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP).
As diligências, no âmbito de inquérito dirigido pelo DIAP Regional de Lisboa, foram acompanhadas por uma juíza de instrução, uma magistrada do Ministério Público e cerca de 200 inspetores e peritos da Polícia Judiciária.
Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial de arguido para aplicação das medidas de coação.