A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Famalicenses aprovou esta quinta-feira um voto de censura pela forma como o projecto de criação em Famalicão de uma base logística regional da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) e à Câmara Municipal, noticiou esta quinta-feira a rádio Cidade Hoje.
A corporação, recorde-se, tem uma Base de Apoio Logístico no quartel, que tem servido tanto a corporação, como outras valências de protecção civil da região Norte. Em face da nova aposta da ANEPC, em Bairro, com o apoio da Câmara Municipal, Famalicenses dizem-se prejudicados, também a nível económico, pelo investimento já feitos.
A direcção lamenta “que tenha sido a última a saber das intenções da ANEPC e da receptividade e disponibilidade da Câmara Municipal em deslocalizar esta valência”.
No comunicado à Cidade Hoje, a direcção dos Famalicenses considera “que houve falta de diálogo e falta de lealdade institucional, pois a legitimidade na decisão não justifica o atropelo dos princípios fundamentais de convivência, mesmo que institucional”.
A corporação, presidida por António Meireles, assume que fica “comprometida a viabilidade económica do equipamento” a realizar em Outiz, que foi apresentado pela primeira vez em Maio de 2014, tendo sido aprovado pela autarquia e alvo de elogios de ministros, secretários de estado, ANEPC, Escola Nacional de Bombeiros, Liga dos Bombeiros Portugueses e Federação dos Bombeiros do Distrito.
Ainda esta terça-feira, o comandante regional da Protecção Civil, em reunião no quartel dos Famalicenses, enalteceu “o bom desempenho” da valência, mas nessa mesma reunião a direcção “ficou a saber da deslocalização da valência para a freguesia de Bairro”.
Pese embora esta posição, a Associação Humanitária e o seu corpo de bombeiros mostram-se disponíveis para continuar a proteger a população e os seus bens.