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Cabrita deixa em aberto alteração dos horários das fronteiras do Alto Minho

O ministro da Administração Interna deixou esta sexta-feira em aberto a possibilidade de alterar horários nas fronteiras terrestres ou o número de postos de passagem obrigatória, nomeadamente os do Alto Minho.

Eduardo Cabrita, que falava alava aos jornalistas em Castelo Branco, onde se deslocou para presidir à cerimónia de assinatura do protocolo entre a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil e a MOvijovem – Mobilidade Juvenil, para o funcionamento de cinco Estruturas de Apoio de Retaguarda em pousadas da juventude, manifestou “muita compreensão” em relação à situação e sublinhou que tem mantido diálogo com todos os autarcas do país.

“Compreendo a preocupação e por isso, tem havido pleno diálogo. E, como tenho dito, é feita uma reavaliação quinzenal que em função da evolução da pandemia poderá ponderar a alteração de horários ou de número de postos de passagem obrigatória”, sustentou.

Como o PressMinho noticiou na quinta-feira, o director do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho, Fernando Nogueira, exigiu ao Governo “respeito” pelos 6.000 trabalhadores transfronteiriços impedidos de cruzar a fronteira em todos os pontos que ligam o Alto Minho à Galiza, em Espanha.

No Alto Minho, o atravessamento da fronteira durante 24 horas apenas está autorizado na ponte nova de Valença, e em Monção há um ponto de passagem que está disponível nos dias úteis, das 07h00 às 09h00 e das 18h00 às 20h00.

Ladeado pelos autarcas de Melgaço, Monção, Valença, Ponte da Barca e Caminha, Fernando Nogueira, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, disse “não se estar a pedir que passem mais pessoas, mas que continuem a passem as mesmas pessoas pelos mesmos locais”, referindo-se aos oito pontos de passagem existentes entre o Alto Minho e a Galiza.

“Um dia destes havia filas de oito quilómetros de um lado e do outro. Houve trabalhadores que esperaram mais de duas horas na fila para atravessar o rio Minho. Queremos respeitar a saúde pública, mas queremos respeitar os trabalhadores”, frisou.

Legenda: Fronteira Monção/Salvaterra está encerrada aos fins-de-semana/Foto Rádio Vale do Minho

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