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Café ao público vai encarecer: aumento será de 10 a 30 cêntimos

O presidente da ProVar, a Associação Nacional de Restaurantes, Daniel Serra, apresentou, à Rádio Renascença, uma estimativa de «atualização de 10 cêntimos» no preço do café a ser servido nos diversos espaços, em 2025. O aumento pode, ainda, chegar a 30 cêntimos nos restaurantes, onde «de 1,20 euros, poderá passar para 1,50 euros», avança.

Daniel Serra explica, à Renascença, a razão da subida. Provém de «toda a pressão que existe a montante». Este ano, aponta, «houve três ou quatro atualizações de preços» por parte dos fornecedores.

«Prevê-se agora uma nova atualização no início do ano», diz ainda à Renascença. «É inevitável ver, agora sim, uma atualização em muitos estabelecimentos, especialmente cafés e pastelarias, que, devido à concorrência, foram mantendo o preço».

No entanto, «nesta altura, face não só ao preço do café, mas também devido aos custos da mão de obra, das rendas e da eletricidade, que impactam muito no negócio», os proprietários «serão obrigados a fazer atualizações».

A secretária-geral da Associação Industrial e Comercial do Café, Cláudia Pimentel, diz, também a Renascença, que a matéria-prima, o café verde, «subiu cerca de 200% nos últimos dois anos». Na base deste aumento está a «incerteza climática».

Outro fator é, ainda, o facto de haver “mais procura de café e o café robusta, que é o que mais se consome em Portugal, também tem sido alvo de maior procura por parte dos países nórdicos que anteriormente bebiam quase exclusivamente café arábica», termina.

Outras bebidas e entradas também encarecem nos menus

Daniel Serra, ainda em declarações à Renascença, também antevê que se mantenha a tendência de subida dos preços das bebidas e entradas porque «os restaurantes não conseguem aumentar, muitas vezes, o preço dos pratos, porque há um limite a partir do qual os clientes já não o pedem, o que afasta esses clientes».

Assim, acabam por ter necessidade de «fazer algum tipo de ajustamentos nos produtos complementares», explica.

O presidente da ProVAr ainda adiantou a previsão de «uma subida de 20% no preço da carne», avança a Renascença. Ainda, «o bacalhau, que também já tem vindo a subir de forma muito gradual, deverá atingir valores nunca vistos».

Daniel Serra termina dizendo que, atualmente, os restaurantes «ficam extremamente preocupados quando um cliente não pede entradas e não pede sobremesas, porque percebe que pode não ter a margem suficiente para suportar o seu funcionamento», aponta à Renascença.

ovilaverdense@gmail.com

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