O executivo municipal de Braga adiou, esta manhã, em reunião de Câmara, a votação de uma alteração do PDM (Plano Director Municipal) para as Sete Fontes tendo em vista a elaboração de um plano de urbanização para a zona.
O pedido dos socialistas foi feito pelo vereador Artur Feio e subscrito pelo vereador da CDU, Carlos Almeida.
Ambos argumentaram com a necessidade de serem dados mais esclarecimentos sobre o Plano, o que o presidente do Município, Ricardo Rio, em nome da maioria, reconheceu, dizendo que o adiamento da votação em 15 dias, até à próxima reunião, não prejudica o projecto.
Na ocasião, Artur Feio afirmou que o tema “é muito sensível e muito técnico”, pelo que solicitou a realização de uma sessão de esclarecimento, a curto prazo, por parte da equipa técnica que elaborou o documento.
Carlos Almeida frisou que, se a proposta fosse votada esta segunda-feira, não conseguia compreender, “em concreto, quais são as alterações em sede de PDM nem o plano de urbanização que vai ser proposto”.
No final, o vereador Miguel Bandeira, que tem o pelouro do Urbanismo, disse a “O Vilaverdense/PressMinho” que a alteração ao PDM e a criação de um plano de Urbanização para as Sete Fontes permitirá ao Município ter regras que enquadrem a negociação com os sete proprietários privados, ou a expropriação, com regras definidas nos termos da lei.
Disse que o plano de urbanização visa a criação de um parque eco-monumental com base na antiga estrutura, do século XVIII, de abastecimento de água à cidade, mas contempla a possibilidade de construção na sua periferia, de vivendas, de pequena dimensão, num sistema de «perequação», ou seja de cooperação entre os proprietários.
A solução para a zona não é aceite pelos proprietários, três dos quais já recorreram para os tribunais, rejeitando a proposta inicial de dez euros o metro quadrado feita pela autarquia para os terrenos.
Adivinha-se, por isso, uma longa batalha judicial.