A Câmara da Póvoa de Lanhoso aprovou, com a abstenção da oposição PSD, um orçamento de 27,5 milhões de euros para 2024, mais 4,4 milhões de euros face a 2023, segundo o município.
Fonte da autarquia explicou à agência Lusa que o documento do Orçamento e das Grandes Opções do Plano para 2024 foi aprovado pela maioria PS, com a abstenção dos três vereadores eleitos pelo PSD.
Contactada pela agência Lusa, a vereadora Olga Duque (PSD) explicou que a abstenção se deveu ao “tempo muito curto” que tiveram para analisar o documento, “com 60 a 70 páginas”, pois o mesmo foi disponibilizado à oposição três dias antes da votação.
“Não tivemos hipóteses de o analisar devidamente. Foi entregue na segunda-feira e na quinta-feira houve a reunião de câmara, e não estávamos em condições de emitir uma votação favorável ou desfavorável. Por isso, entendemos que seria mais indicado nos abstermos e deixar depois essa decisão para a Assembleia Municipal, onde teremos mais tempo para analisarmos a proposta com mais critério. Foi isso que também fizemos no ano passado”, disse a autarca.
Olga Duque lamentou, contudo, que o executivo PS tivesse rejeitado a maioria das propostas e sugestões apresentadas pelo PSD.
O documento vai agora a debate e votação em Assembleia Municipal.
Em comunicado, a autarquia, liderada em maioria por Frederico Castro (PS), refere que foi aprovada a fixação das taxas de IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis para este ano (a receber em 2024) em 03%, valor igual ao do ano transato.
A proposta contempla também “a continuidade da isenção da taxa de derrama para 2024”.
Além disso, foi igualmente aprovada a percentagem de 4,50% na participação no IRS do ano 2024, valor que desce 0,25% face a este ano.
“Estas medidas, que visam a desoneração dos orçamentos dos agregados familiares foram propostas pelo executivo, mostrando a preocupação com a vertente social num período em que a conjuntura económica aumentou exponencialmente o custo de vida”, sublinha a autarquia da Póvoa de Lanhoso.