A Câmara de Braga aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do ilustrador e ceramista Arlindo Fagundes, que ocorreu na quinta-feira.
O voto, apresentado pelo vereador da CDU, Vítor Rodrigues, alude a Arlindo Fagundes como um destacado artista plástico e um ativo membro do Partido Comunista Português (PCP).
O ilustrador e ceramista Arlindo Fagundes, nome de referência da área da banda desenhada e do cartoon e ilustrador dos livros da coleção “Uma Aventura” morreu na quinta-feira, aos 79 anos, em Braga, onde residia.
Arlindo Fagundes nasceu em Ovar, distrito de Aveiro, em 03 de julho de 1945, e frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
A sua formação passou também pelo Conservatoire Libre de Cinéma Français, onde se diplomou como realizador de Cinema em 1973, durante o seu exílio em França (1967-1974), tendo aderido ao PCP em 1968, de acordo com a biografia patente na Infopédia.
Logo após o 25 de abril, fixou residência em Braga.
Como caricaturista, colaborou nos jornais regionais Correio do Minho, Minho e A Patada, todos de Braga, para além do República, Sempre Fixe, O Norte Popular (do Porto) e A Alavanca, jornal da Intersindical, com a particularidade de neste último ter realizado uma série de tiras de BD.
Ao longo de décadas, desde o período da ditadura fascista até recentemente, enquanto a situação de saúde o permitiu, manteve uma ininterrupta atividade política no PCP, partido pelo qual foi candidato em diversas eleições e no qual assumiu tarefas ao longo do tempo.
Fagundes teve ainda uma participação ativa “na defesa do Centro de Trabalho de Braga, perante o assalto levado a cabo pelas forças reacionárias em agosto de 1975”, quando o edifício foi atacado e destruído.