A maioria PSD/CDS na Câmara de Braga chumbou, esta segunda-feira, em reunião do executivo, a proposta apresentada pela vereadora Liliana Pereira que visava o empréstimo de tablets, computadores, câmaras, microfones, routers e hotspots a alunos e professores, em comprovada e justificada situação de carência.
A vereadora do PS alegava que muitos alunos não podem acompanhar as aulas à distância, considerando “insuficientes” os 390 tablets disponibilizados pelo programa de combate ao insucesso escolar.
A proposta socialista teve o apoio de Carlos Almeida, embora responsabilize o Governo, que, ao decidir adoptar este modelo de ensino à distância, “devia ter tomado as medidas necessárias” para acompanhar as famílias na sua execução.
O vereador da CDU sustentou que as autarquias “não podem ter um papel de sobrecarga de competências que não lhes cabe”, referindo, todavia, que a Câmara de Braga “pode dar algum apoio às famílias”.
Já o presidente da autarquia considera que cabia ao Ministério da Educação, que “impôs este modelo de forma unilateral,” acautelar “as condições materiais para a sua implementação”.
A maioria do executivo só aprovaria a proposta socialista com a garantia do Governo de ressarcir “integralmente” o investimento efectuado neste âmbito.
Ricardo Rio assegurou que “tudo está a ser feito” para minorar o impacto da situação, acrescentando que, no concelho, há mais de 2.500 crianças sem acesso à internet ou equipamentos, situação que os agrupamentos de escolas e juntas de freguesia, além do mecenato, têm contribuído para minorar o problema.