A construção de uma unidade hoteleira de quatro estrelas em Vila Praia de Âncora foi aprovada, esta terça-feira, pela Câmara de Caminha, em reunião de executivo, com a abstenção dos vereadores do PSD.
O empreendimento, que deverá chamar-se Âncora – River & Nature, considerado de “relevante interesse público municipal” pelo executivo presidido pelo socialista Miguel Alves, tem 51 quartos e representa um investimento avaliado em quatro milhões de euros, sendo expectável um volume de negócios da ordem de 1,5 milhões de euros/ano e a criação de 29 postos de trabalho.
A unidade hoteleira, a construir de raiz, envolve espaços destinados à promoção de actividades complementares, favorecidas – destacam os promotores – pela “proximidade e relação com o rio Âncora”, qualificando ao mesmo tempo “a oferta turística do território, em especial a promoção da vertente de sustentabilidade/valorização do património natural e paisagístico”.
Para Miguel Alves, tendo em conta a proposta e a avaliação técnica realizada, o “sim” da Câmara ao investimento “é inequívoco e vem ao encontro do esforço que o município tem vindo a fazer na qualificação da oferta turística, com resultados oficialmente reconhecidos”.
Estima-se que, anualmente, os 22 mil potenciais hóspedes e toda a dinâmica associada ao complexo possam fazer subir os proveitos do sector no concelho em cerca de 25%.
O aldeamento turístico vai nascer num prédio rústico com cerca de 44 mil m2, ocupando menos de metade desta área e preservando as zonas próximas do rio e a vegetação a elas associada. A propriedade em causa fica na Rua da Valada, lugar de Telheira, em Vila Praia de Âncora.
Este investimento surge escassos dias após o anúncio de que, também no Forte da Ínsua, ao largo da praia de Moledo, abandonado há décadas, deve abrir, no início de 2022, com um centro de actividades turísticas com alojamento, num conceito de quatro estrelas. A concessão do Forte da Ínsua acontece no âmbito do Programa Revive, com uma duração de 50 anos.