A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão assume, ao longo deste ano, metade dos encargos mensais com as facturas de gás, electricidade, água, saneamento e resíduos sólidos dos empresários individuais e das empresas sediadas e com estabelecimento no concelho que viram a sua actividade encerrada e/ou suspensa em virtude da pandemia.
Paulo Cunha, presidente da Câmara, afirma que a medida, cujo regulamento é alvo de discussão na próxima reunião do Executivo municipal, abrange perto de 1.000 empresas da área do comércio a retalho não alimentar, pastelarias, bares e cafés, operadores turísticos, ginásios, cabeleireiros, entre outras actividades económicas, desde que o valor das facturas apresentadas seja inferior ao valor homólogo do respectivo mês de 2019, sinal da redução/suspensão da actividade.
Este é um dos vários apoios que compõem o ‘Retomar Famalicão’, um programa extraordinário de apoio directo à economia local lançado esta sexta-feira pela autarquia famalicense em parceira com a ACIF – Associação Comercial e Industrial de Famalicão e que reúne um conjunto de medidas para mitigar os efeitos da crise pandémica da Covid-19 na actividade dos operadores económicos do concelho.
O ‘Retomar Famalicão”, cuja apresentação contou com presença de Paulo Cunha, do presidente da ACIF, Fernando Xavier, e do vereador para a Economia, Empreendedorismo e Inovação, Augusto Lima, implica um esforço financeiro municipal que pode chegar aos 2 milhões de euros.
Paulo Cunha fala em medidas, sobretudo, direccionadas “para as micro e pequenas empresas do concelho que têm dificuldades em aceder a outros apoios que se têm mostrado muito burocráticos e distantes”.
“Estes são apoios de fácil acesso que queremos que cheguem a todos quantos precisem e não só aos que estão melhor preparados para lá chegar”, acrescentou o autarca, lembrando ainda que os problemas não acabam com o fim do confinamento.
“Câmara chega-se à frente para apoiar economia e Retomar Famalicão”, resume o autarca.
“Os primeiros meses após a reabertura serão muito difíceis e com estas medidas queremos ajudar as empresas a recuperarem as suas posições no mercado. É a ajuda que nesta fase é necessária”, sublinhou.
É neste contexto que o ‘Comércio da Vila’, a loja virtual de promoção e venda dos produtos e serviços dos comerciantes do concelho, vai evoluir no início do segundo trimestre para uma plataforma de e-commerce/marketplace.
“Será gerida pela ACIF e posicionar-se-á como um verdadeiro centro comercial digital ao serviço do comércio tradicional de Famalicão”, refere Paulo Cunha, recordando que. “até agora, o projecto funcionava apenas através das redes sociais e com esta alteração qualitativa e ambiciosa espera-se que o número de estabelecimentos aderentes aumente, numa primeira fase, para os 100/150 comerciantes inscritos”.
O presidente da ACIF, Fernando Xavier, mostrou-se “agradado” com os termos deste programa, resultado “de muitas horas de conversações entre a autarquia e a ACIF”, e espera que estas medidas venham “reanimar a economia local” e trazer “mais esperança” aos empresários do concelho.