A Câmara de Ponte de Lima e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) celebraram, este sábado, um protocolo de cooperação para a Igualdade e a não Discriminação. O objectivo é, resume o presidente da autarquia, Victor Mendes, “é ter uma sociedade mais justa, mais equilibrada, e equitativa”.
Este documento visa promoção, execução, monitorização e avaliação da implementação de medidas e acções que concorram para a territorialização da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 ‘Portugal + Igual’ (ENIND), no município.
Nas palavras do vice-presidente da CIG, Manuel Albano, “este protocolo é desenvolvido num sentido de “colaboração muito estreita entre o município e a CIG, que tem a responsabilidade das políticas públicas na área da cidadania e igualdade de género, violência doméstica, violência de género, tráfico de seres humanos, todas as questões LGBTI, e mesmo as práticas tradicionais nefastas. Portanto temos esta coordenação política com todo o território, que é quem melhor sabe aquilo que se passa, e as necessidades que tem”.
“Este trabalho tem de ser muito entroncado nas necessidades que o município tem, e por isso a CIG é aqui alguém que está inteiramente ao vosso dispor para convosco construir”, salienta.
O protocolo entre ambas as partes foi assinado no Salão Nobre dos Paços do Concelho, visando o desenvolvimento de medidas e ações que contribuam para o desenvolvimento de uma cultura de direitos humanos, igualdade entre mulheres e homens, rapazes e raparigas, não discriminação e não-violência, junto das populações.
Em simultâneo o documento procura motivar acção coordenada entre o município e a CIG, no âmbito da prevenção, combate e eliminação da discriminação em razão do sexo, de origem racial e étnica, de nacionalidade, de idade, de deficiência, de orientação sexual, e identidade e expressão de género, prevenindo todas as formas de violência contra as mulheres e raparigas, e de violência doméstica.
CONSELHEIRAS PARA A IGUALDADE
A acção incide ainda sob o fomento da maior participação dos homens na esfera privada, ao nível do trabalho de cuidado e doméstico, e a correcção as desvantagens das mulheres no mercado de trabalho, ao nível da segregação sexual das profissões, remunerações, parentalidade, entre outas, promovendo a sua maior participação política e cívica, “um conjunto de situações para as quais todos nós temos responsabilidades, sem excepção”, afirmou durante a cerimónia o presidente da Câmara Municipal, Victor Mendes.
Segundo o autarca, “representando nós instituições públicas, essas responsabilidades são acrescidas, e, portanto, a administração pública obviamente tem essa função de procurar com um conjunto de instrumentos legais, e acima de tudo um conjunto de vontades, que possamos ter uma sociedade mais justa, mais equilibrada, e equitativa”.
No âmbito das suas competências, e deste que é reconhecido pelo edil limiano como “um protocolo extraordinariamente importante”, coube ao município nomear duas Conselheiras Locais para a Igualdade, compromisso aceite pela vereadora Ana Machado, titular dos pelouros da Acção Social e da Saúde, e pela presidente da CPCJ de Ponte de Lima, Anabela Costa, cuja actuação se desenvolve em articulação com a CIG.
Em simultâneo o município irá criar uma equipa para a Igualdade na Vida Local, e conceber, adoptar e implementar um Plano Municipal para a Igualdade e a Não Discriminação, alinhado com a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação e os respectivos planos de acção.
“Este é um passo significativo, chegou-se à conclusão finalmente que, para melhor se intervir, tem que se territorializar as políticas, tem que se conhecer o território, e tem que se intervir sobre esse mesmo território”, assegurou durante a cerimónia Manuel Albano, vice-presidente da CIG.