A Câmara de Vila Verde apresenta, para 2021, uma proposta de Plano e Orçamento a rondar os 43 milhões de euros, anunciou a autarquia.
«O Plano e Orçamento para o ano 2021 foi elaborado num contexto da crise sanitária provocado pela pandemia por Covid-19 contemplando por isso medidas para ajudar todos os vilaverdenses a ultrapassar este difícil momento, e aponta também no sentido da recuperação económica e social, apostando fortemente em investimentos estruturantes susceptíveis de promover a atractividade territorial e de fomentar novos investimentos geradores de mais e melhores oportunidades de emprego no território concelhio», refere o Município em comunicado.
Na proposta inserta no documento pode ler-se que o mesmo «constitui um importante instrumento de planeamento de projectos e acções de intervenção no território concelhio que visam ir ao encontro das necessidades das populações e à ambição de um maior progresso económico e social».
«Centrando a atenção nas pessoas e na garantia da sua qualidade de vida, com especial acuidade na conjuntura de crise sanitária e económica e social resultante da pandemia Covid-19, mantém-se a aposta na protecção das famílias, na saúde, na educação, no apoio social e no investimento em infra-estruturas», acrescenta.
A este nível, o presidente da Câmara, António Vilela, sublinha que «se dará continuidade ao grande esforço que tem vindo a ser feito para aproveitar todas as oportunidades que poderão ser proporcionadas ainda no âmbito dos fundos de apoio comunitário Portugal 2020, mas também, e sobretudo, a pensar nas possibilidades de investimentos que surgirão no âmbito do “Plano de Recuperação e Resiliência” a lançar pelo Governo com o objectivo de promover a recuperação económica e social no período pós Covid-19 e ainda para perspectivar o desenvolvimento de projectos que poderão vir a ser enquadrados no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio 2021-2025».
Segundo a autarquia, uma das grandes apostas reside na requalificação e reestruturação da rede rodoviária municipal, destinadas a melhorar a acessibilidade a todo o concelho, dando especial ênfase à melhoria das vias de comunicação às áreas de acolhimento de actividades económicas.
PROJECTOS
A Variante que liga a rotunda do canoísta na Vila de Prado/EN201 à Área de Acolhimento Empresarial (AAE) de Oleiros (Variante a Oleiros), o Eixo Periférico Norte-Sul – ligação da variante em Soutelo ao Parque Industrial de Gême, assim como a melhoria das acessibilidade às AAE do Neiva – Arcozelo e de Coucieiro, assumem-se como «projectos que permitirão aumentar a fluidez e segurança rodoviárias, a competitividade territorial e a atractividade para novos investimentos, única forma de debelar a crise económica e social resultante da estagnação da actividade por causa da pandemia».
«A requalificação e alargamento da rede viária estruturante municipal, como condição essencial para a segurança da circulação de pessoas e viaturas, associada à infra-estruturação das áreas destinadas ao acolhimento das actividades económicas, visa induzir o reforço da atractividade territorial para novos investimentos geradores de mais emprego e mais riqueza», considera António Vilela.
Na área da Saúde, o executivo camarário «manifesta-se totalmente empenhado em concluir o processo de modernização de todos os equipamentos de saúde concelhios com a entrada em funcionamento do posto de saúde do Vade e a requalificação e ampliação do centro de saúde de Pico de Regalados e do posto de saúde de Cervães».
Esta proposta orçamental, com uma previsão de receitas e de despesas que ascende a 42.973.847€, contempla igualmente, segundo a autarquia, «sólidas políticas de promoção e desenvolvimento cultural, a universalização do acesso dos vilaverdenses ao lazer e à prática desportiva, a modernização administrativa e o incentivo e apoio ao empreendedorismo e ao emprego».
JUNTAS DE FREGUESIA
No comunicado, António Vilela refere que, neste processo, «a Câmara Municipal de Vila Verde volta a contar com o incansável trabalho e permanente espírito de colaboração de todas as instituições, associações e Juntas de Freguesia, parceiras insubstituíveis na defesa dos superiores interesses e legítimos anseios das respectivas populações».
«Mesmo num clima de imprevisibilidade quanto ao futuro, o orçamento para 2021 aposta numa maior autonomia financeira das Juntas de Freguesia, enquanto representantes de um efectivo e eficaz poder de proximidade que conhece melhor do que ninguém as necessidades locais, para fazer face aos encargos resultantes da assunção das novas competências», frisa.