A Câmara de Vila Verde entrega, na próxima sexta-feira, ao administrador judicial do IEMinho uma proposta de aquisição do edifício e terreno anexo por 850 mil euros.
Fonte ligada ao processo adiantou ao Vilaverdense/PressMinho que o advogado transmitirá a proposta à assembleia de credores, que terão de aprovar ou «chumbar». A mesma fonte salientou que, embora a proposta seja quase 500 mil euros ao valor de 1,3 milhões inicialmente pedido pelos credores, é provável que estes venham a concordar com ela, dado que, até agora, não apareceu nenhum interessado.
Recorde-se que o Município aprovou, por unanimidade, na última reunião do executivo de vereadores, a possível compra do IEMinho – Instituto Empresarial do Minho/Centro de Incubação de Empresas, compreendendo o edifício, situado em Soutelo, bem como um terreno anexo e todo o mobiliário. A iniciativa partiu dos dois representantes da Câmara no Instituto, José Mota Alves e Adelino Machado, que, em documento específico, sugeriram a compra do edifício por 850 mil euros.
No documento, dizem que, em conversa com Nuno Albuquerque, o administrador judicial encarregue da liquidação do IEMinho, ficaram a saber que os credores devem aceitar esse montante, já que o também chamado Centro de Incubação de Empresas, esteve à venda por 1,32 milhões não tendo aparecido ninguém no leilão eletrónico.
A informação que o presidente da Câmara, António Vilela, levou a discussão na reunião, salienta que o edifício, situado em Soutelo, bem como um terreno anexo e todo o mobiliário valem bastante mais do que os 850 mil euros. E assinalam que a sua construção, com a aquisição do terreno, ficou por 3,5 milhões.
Ao Vilaverdense, Vilela disse que após a aquisição, o Município não deverá investir muito mais dinheiro no IEMinho, já que, na administração de Nuno Albuquerque, as receitas cobrem as despesas.
EMPREENDEDORISMO
Com a compra, será possível continuar a atividade de promoção do empreendedorismo do Instituto, onde estão instaladas 44 empresas: “queremos manter a actividade de incubação de empresas e de formação profissional ali desenvolvida”, afirmou.
Em 2018, o Tribunal de Famalicão, em assembleia de credores, decidiu liquidar o organismo, que tinha como principal sócio a extinta Associação Industrial do Minho.
O Instituto nasceu em 2002 e funciona desde 2005. Tem 752 mil euros de capital social repartidos pela extinta AIMinho, Câmara de Vila Verde, UMinho (que entretanto pediu para sair), Associação Comercial de Braga, 2Bvangarve, SA, Adrave-Associação Regional de Desenvolvimento do Vale do Ave, e Idite-Minho. Estes três últimos já extintos.
O Novo Banco é o principal interessado na eventual compra já que é credor de 1,1 milhões de euros.