A câmara municipal de Vila Verde vai aprovar uma proposta de ligação gratuita às redes de saneamento, com um prazo de três meses (até 31 de Dezembro) para adesão voluntária à rede pública de saneamento. A partir de janeiro de 2024, uma equipa municipal fará a monitorização no terreno para fiscalizar todas as ligações, com eventuais penalizações para quem não estiver ligado à rede.
A revelação foi feita pela presidente da câmara municipal de Vila Verde, na última noite, em assembleia municipal. Júlia Fernandes lamenta que «muito do investimento em saneamento» que tem sido implementado nos últimos tempos «não tem ainda devida correspondência das pessoas que estão a ser servidas pelas linhas de saneamento». A autarca respondia a uma interpelação da deputada municipal do Chega, Ana Daniela, sobre «descontrolo total dos gastos dos dinheiros públicos» na realização de obras municipais na pavimentação de estradas municipais.
«Porque não se realizam obras de uma só vez», referiu a deputada, aludindo ao facto de se estar a realizar as «pavimentações sem as pré-instalações das redes de infraestruturas básicas».
«Colocamos negativos para ali serem instaladas as infraestruturas e nada será novamente destruído», garantiu Júlia Fernandes, revelando que estão em curso empreitadas de requalificação da rede viária interna de 1,5 milhões de euros. «E serão lançados mais dois milhões nos próximos tempos».
Lamentou, contudo, que – embora haja ainda muita área de saneamento para cobrir – a rede que está a ser instalada «não tem ainda a devida correspondência das pessoas que estão a ser servidas pelas linhas de saneamento. Muita gente com saneamento à porta não se está a ligar».
Daí que o executivo municipal vá analisar e votar, na próxima reunião de câmara, uma proposta de adesão gratuita às redes já instaladas, cujo prazo vai decorrer até 31 de Dezembro. «Toda a gente pode ligar-se gratuitamente. Serão três meses de adesão gratuita para todas as ligações serem feitas», revelou. Depois, a partir de janeiro, avança uma equipa para o terreno para monitorizar todas as ligações».
Foi um dos momentos de destaque da última reunião plenária do órgão deliberativo municipal, que aprovou o novo regulamento municipal para a ação social escolar e a abertura dos procedimentos concursais para chefias das divisões municipais de educação, informática e cultural, bem como para o coordenador da unidade de cultura e turismo da autarquia.
MARTINHO GONÇALVES REGRESSA E APONTA «MANCHA POLÍTICA»
No período aberto ao público, o socialista Martinho Gonçalves voltou à assembleia municipal para apontar uma «mancha política» em Vila Verde. «Desde a sua primeira atuação em Vila Verde, no ano de 1980, que os políticos sempre olharam para os Raízes como seus inimigos», denunciou o ex-líder da bancada socialista.
Na defesa do seu ‘amigo’ Xico Malheiro, «e na ausência total do meu partido em Vila Verde», Martinho Gonçalves lançou a questão: «Como se pode explicar que um dos melhores grupos populares do concelho não ser solicitado pela Câmara Municipal de Vila Verde?».
A resposta chegou pela presidente da câmara: «Não vejo em que é que o Xico esteja a ser ostracizado, pois tem estado na biblioteca com o José Moças a trabalhar em projetos. É um dos melhores tocadores de cavaquinho do nosso país. E tenho um grande orgulho em termos homens como o Xico e outros elementos da sua família».
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