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Canal Interceptor de Esposende com reprogramação financeira concluído até ao final do ano 

A obra do Canal Interceptor e de Desvio da Área Urbana de Esposende “avança a bom ritmo e deverá estar concluída até ao final do ano”, informa a Câmara Municipal em comunicado, adiantando que autarquia está empenhada numa reprogramação financeira da obra, com vista a reduzir o e investimento efectuado.

Após um “moroso processo de negociação” com os proprietários das mais de 200 parcelas de terreno, o projecto desenvolveu-se em “tempo recorde”, e implicou o levantamento cadastral e topográfico e recuperou o projecto da variante à cidade que “não passava de uma ideia sucessivamente adiada, mas que estava previsto desde a aprovação do primeiro PDM, em 1994”.

Depois de o Ministério do Ambiente ter classificado a cidade de Esposende como zona crítica, no âmbito do Plano de Gestão de Riscos de Inundação, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente, o município desenvolveu o projecto que mereceu o aval de financiamento, por parte do Fundo de Coesão, ao abrigo do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR).

“Este é um dos projectos com maior envergadura financeira alguma vez conseguidos para Esposende. Aos três milhões de euros que custa a obra, com 85% de comparticipação, acrescentam-se dois milhões de euros, em aquisição de terrenos”, diz Benjamim Pereira, adiantando que a autarquia “está empenhada numa reprogramação financeira da obra, com vista a reduzir o elevado investimento efectuado”,

Com quatro quilómetros e meio, o canal apresenta dois pontos de descarga – um a norte, em Cepães, e outro a sul da cidade, a jusante da ponte D. Luís Filipe – tendo como principal função a prevenção de inundações na cidade que têm colocado em risco a população e causado elevados danos no património público e privado.

A obra em questão carateriza-se pelo elevado grau de dificuldade, com oito travessias de estradas nacionais e municipais e a construção de duas bacias de retenção, junto à Solidal e na Redonda.

Paralelo ao canal, estende-se um percurso que completa um circuito de visitação e prática desportiva que interlaçará com a Ecovia do Litoral Morte e o futuro Parque da cidade, o que já se vai verificando.

“Na memória da população pairam, ainda, as imagens das cheias de Outubro de 2013, responsáveis por avultados prejuízos. Algo tinha de ser feito, no sentido de nos protegermos de eventuais fenómenos naturais futuros”, explica Benjamim Pereira, referindo que deposita “grandes esperanças no contributo que o canal dará para a minimização dos problemas de drenagem que afectam Esposende”, 

“Só devido à autonomia financeira patenteada pelo município, foi possível solicitar ao Ministério do Ambiente a responsabilidade de um projecto com a magnitude do Canal Interceptor de Águas Pluviais”, sustenta.

IMPACTO NA ZONA URBANA

O canal interceptor, explica o autarca, “caracteriza-se pela adopção das melhores técnicas de engenharia natural, recorrendo a materiais naturais e de espécies vegetais autóctones, adequadas aos habitats que se pretendem restaurar”, avançando que “durante os dois anos subsequentes à conclusão da obra, a empresa construtora fará a manutenção e controlo da vegetação.

“Esta obra terá grande impacto na protecção da zona urbana de Esposende, protegendo-a das cheias, mas também contribuirá para um novo desenho na ocupação dos solos, com nova imagem urbana, criando um anel verde em torno da cidade”, sustenta o presidente da Câmara Municipal.

O início da construção foi assinalado a 27 de Julho de 2019, pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética, Pedro Matos Fernandes, estando prevista a sua conclusão até ao final do ano.

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