Carla Cruz, deputada do PCP eleita por Braga, reuniu com a comunidade piscatória de Cedovém, em Esposende, para se inteirar dos problemas dos homens do mar, em particular no acesso das embarcações ao mar.
No encontro o presidente da Associação de Pescadores Profissionais do Concelho de Esposende e um dos pescadores da comunidade piscatória de Cedovém referiram que “são necessárias medidas para garantir a melhoria das condições de acesso dos barcos ao mar, nos três núcleos de pescadores de Apúlia”, chamando ainda a atenção para o atraso no início das obras previstas nos armazéns de aprestos usadas pelos pescadores.
A obra estava prevista terminar em Dezembro, mas, denunciam os pescadores, ainda não começou. Recorde-se que esta intervenção, no âmbito da Polis Litoral Norte, supõe a modernização do portinho de pesca da Apúlia, projecto financiado no âmbito do programa Mar 2020.
Carla Cruz a assegurou que o PCP tem apresentado iniciativas legislativas – projectos de resolução, perguntas e requerimentos – tendentes “à resolução destes problemas e à valorização da actividade piscatória e da comunidade de pescadores do concelho de Esposende”.
A parlamentar salientou as “conquistas conseguidas através dos esforços do PCP”, nomeadamente o alargamento do Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca de 60 para 90 dias, criando a oportunidade de compensação de rendimento aos inscritos marítimos em situação de impossibilidade de prática da sua actividade laboral.
“O Fundo, para os pescadores de Esposende, torna-se mais premente porque o problema da paragem da actividade dos pescadores de Esposende decorre grandemente, para além das condições naturais, dos problemas da falta de condições de segurança da barra do Cávado”, afirmou Carla Cruz.
Carla Cruz defende um conjunto de intervenções, nomeadamente a reconstrução do molhe norte, a intervenção na barra, a dragagem do canal de navegação e a reposição da restinga.
A deputada denunciou que “não foi por falta de proposta do PCP que o problema das dragagens do rio Cávado não foi resolvido, mas sim por causa da opção do PS, que com o amparo PSD e CDS, chumbaram a criação da empresa nacional de dragagens”.