Guimarães já dispõe de um novo lar para crianças migrantes. A inauguração decorreu na passada sexta-feira, com a presença de Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado da Inclusão.
“Tristeza e de contentamento”, foram os sentimentos que Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, usou para qualificar o momento da inauguração da “Casa da Caldeiroa”, um espaço de acolhimento para crianças refugiadas da Associação de Apoio à Criança, situado na Rua da Caldeiroa.
Na presença da Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, e da presidente da A.A.C, Joana Prata, Domingos Bragança aludiu ao momento de guerra, e de sofrimento por ela provocado, para se referir a um “momento triste e anacrónico, em virtude da época de conhecimento e de avanço tecnológico em que vivemos, e a um tempo de violência que vem provocar instabilidade em muitas famílias, e em muitas crianças, e afetar todo o mundo”.
Apesar disso, o edil sente contentamento quando vê que Guimarães está a agir, apontando o programa “Guimarães Acolhe” como um dos exemplos da ação que pretende dar resposta à necessidade de garantir que toda a criança, independentemente da sua condição, possa ser tratada dignamente.
Domingos Bragança terminou a sua intervenção dizendo que “a nossa felicidade se constrói através da felicidade dos outros”, e agradecendo à Associação de Apoio à Criança e a todos quantos colaboraram para que a “Casa da Caldeiroa” viesse a ser uma realidade, sem esquecer o trabalho fundamental de Paula Oliveira, vereadora da Ação Social. “No que diz respeito aos direitos da criança, Guimarães é uma referência nacional e internacional”, concluiu.
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado da Inclusão, falou da necessidade de ser dada resposta às situações de emergência, motivo pelo qual o Governo tem vindo a trabalhar estreitamente com os centros distritais da Segurança Social, e estes com as autarquias.
“As políticas para a infância são uma das prioridades deste governo, para que as crianças possam construir os seus projetos de vida, se possível em ambiente de agregado familiar”, disse. Ana Sofia Antunes referiu-se em especial ao caso das crianças refugiadas provenientes do Afeganistão, dez das quais alojadas na Casa da Caldeiroa, para ilustrar a ação de Portugal no contexto do apoio em situações de crise e de emergência, uma resposta que encontra na “Casa da Caldeiroa” um dos exemplos de sucesso.
Joana Prata, presidente da Associação de Apoio à Criança, manifestou a alegria sentida por um momento especial, que foi o resultado de “muita luta”. A presidente agradeceu a Domingos Bragança o generoso apoio da Câmara Municipal, a Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado, pela dignidade que emprestou ao momento, e a João Ferreira, presidente do Instituto de Segurança Social de Braga. “Trabalhamos com dedicação e responsabilidade, para que todas as crianças possam ser tratadas com a mesma dignidade, pois todas nascem com os mesmos direitos”, disse.
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