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CDS considera ‘inadmissível’ que dispositivo de combate a incêndios não inclua meios aéreos ligeiros em Braga

 

A concelhia do CDS de Braga protesta contra a não colocação na região do Cávado de meios aéreos ligeiros no dispositivo de combate a incêndios preparado para este ano, considerando a decisão “inadmissível e inconcebível” e que põe em causa a segurança do território e dos seus habitantes.

Em comunicado, Altino Bessa, presidente da Concelhia, diz “não entender esta inércia e falta de investimento na protecção do território rural”. “Não permitiremos que continuemos a ser ‘postos de parte’ numa área que implica uma capacidade estrutural de dimensões reais para assegurar a protecção da população e do território.”

Recordando que a região do Cávado possui uma área florestal de 40 mil hectares onde predominam o eucalipto e o pinheiro-bravo e acolhe duas áreas protegidas: o Parque Nacional da Peneda Gerês e o Parque Natural do Litoral Norte, Bessa recusa a aceitar “esta indiferença para com o território”.

Bessa conta que na sessão de apresentação do Plano de Operações da Sub-Região do Cávado para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para 2024, em Esposende, foi anunciado que um helicóptero bombardeiro pesado para ataque planeado ficará sediado em Braga; Manuel Moreira, comandante sub-regional do Cávado da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, anunciou ainda que a região do Cávado contará ainda com o apoio de seis meios aéreos ligeiros, vocacionados para o ataque inicial e que serão colocados em localidades limítrofes, entre as quais Vila Nova de Famalicão e Fafe.

“Sobre a não colocação de nenhum meio aéreo ligeiro, Manuel Moreira não se quis pronunciar”, diz o centrista.

Perante este cenário, Altino Bessa, que é também vereador da Protecção Civil em Braga, reivindica “uma mudança urgente de paradigma”.

DECISÃO IRREFLECTIDA

“Em 2023 deparamo-nos com a deslocação do helicóptero ligeiro de combate a incêndios sediado em Palmeira (Braga) para o Centro de Meios Aéreos de Famalicão sem qualquer pré-aviso e/ou justificação. À época manifestamo-nos contra o que achamos ter sido uma decisão inconsequente e totalmente irreflectida. Um ano depois, estamos perante uma conjuntura que nos obriga a voltar ‘à carga’. O Plano de Operações da Sub-Região do Cávado para o Dispositivo (DECIR) para 2024 mantém o mesmo número de meios do ano anterior, sendo considerado o ‘maior de sempre’. No entanto, os meios não são (de todo) suficientes”, diz.

Para o líder dos centristas de Braga, falta um meio aéreo ligeiro no subcomando do Cávado. “Do que estão à espera para entregar ao território um meio aéreo que fará a diferença no combate aos incêndios e, por conseguinte, na protecção de pessoas e bens?”, questiona.

“Esta falta de sensibilidade demonstrada para com o território do Cávado é inadmissível e inconcebível”, afirma, referindo que “o município de Braga tem feito um grande investimento no sentido de melhorar as condições de trabalho dos operacionais, dotando a companhia de Bombeiros Sapadores de equipamento e de meios para que estes possam ter uma maior e melhor capacidade de resposta às diferentes vertentes de intervenção”.

Considera mesmo que o novo quadro comunitário até 2030 para a protecção Civil “é manifestamente insuficiente” e “só nos resta continuar a reivindicar mais investimento.

“Toda esta conjuntura de não decisão efectiva põe em causa a segurança do território e dos seus habitantes”, afirma, lembrando que, em 2017, “o concelho de Braga foi fustigado por um incêndio de grandes dimensões que não teve consequências mais nefastas graças à perseverança das equipas de bombeiros e da população que se manteve firme no apoio ao combate às chamas”.

“Não permitiremos que continuemos a ser ‘postos de parte’ numa área que implica uma capacidade estrutural de dimensões reais para assegurar a protecção da população e do território”, remata.

Fernando Gualtieri (CP 7889)

 

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