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CDS-PP Braga preocupado com “avalanche imensa” de problemas sociais provocada pela Covid-19

Altino Bessa manifestou a sua preocupação sobre o impacto da pandemia da Covid-19 no tecido social de Braga, considerando mesmo que o concelho pode confrontar-se no futuro com uma “avalanche imensa” de problemas nas famílias e nas instituições de solidariedade social.

O presidente da Concelhia de Braga do CDS-PP, que falava no webinar organizado pelos ‘centristas’ sobre a ‘Pandemia no Terceiro Sector para abordar as “fissuras” na sociedade provocadas pela pandemia, no âmbito da iniciativa ‘Conversas com Rosto’, afirmou mesmo que “o futuro que se avizinha não é risonho”.

No encontro online, que contou com a participação de Helena Pina Vaz, coordenadora do projecto Virar a Página (VAP), David Rodrigues, adjunto executivo da direcção na delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e Nuno Santos, responsável pelo departamento financeiro da Cáritas de Braga, Altino Bessa alertou para o aumento “considerável” das necessidades sociais e elogiou o contributo das instituições de apoio na minimização dos impactos do novo coronavírus.

“O CDS tem tentado dar um contributo solidário, mas também de discussão das problemáticas que nos inquietam a todos e para as quais queremos encontrar soluções junto dos actores locais e nacionais”, referiu Bessa, dando conta da sua “experiência no terreno”, já que é também vereador da Protecção Civil no município bracarense.

E DEPOIS DO FIM DOS APOIOS DO ESTADO?

A mentora do projecto VAP, de distribuição de refeições, a que chamou “filho da pandemia” confessou que não calculava que o projecto teria de durar “tanto tempo” e lembrou que “é no terceiro sector onde se sentem de forma mais acentuada as calamidades”.

“Considero que há um desequilíbrio injusto porque os apoios não fazem face às dificuldades que advêm dos estados calamitosos”, disse Helena Pina Vaz.

Já David Ferreira admitiu alguma “expectativa” e “receio do que “virá no futuro próximo”, após o fim das moratórias e do lay off.

“Estou certo que será numa dimensão superior ao que estamos a viver agora, por isso, é preciso preparar o terreno já”, afirmou o responsável da CVP, defendendo “uma preparação on going para enfrentar os desafios que surgirão a nível social”.

Nuno Santos avisou que o fim das moratórias e de outras medidas de apoio estatal “irá ditar uma nova onda de pedidos e prestação de apoio social”.

“Preocupa-nos como as instituições se irão organizar para dar resposta ao volume de trabalho que se aproxima”, acrescenta, recordando que já na primeira vaga “foi difícil gerir recursos humanos para reforçar o atendimento social”.

“Desconfio que nos próximos tempos este atendimento terá que ter uma constituição ainda mais reforçada para dar resposta às solicitações que, de certeza, vão chegar”, sublinhou o dirigente da Cáritas, adiantando que desde 2011/2013 não se assistia “a um volume tão elevado de pedidos de apoio.

No final do encontro, Bessa admitiu que não saía “mais tranquilo” do que tinha entrado naquela iniciativa.

“Todavia, essa não era a minha expectativa porque ando no terreno e conheço a realidade social do concelho”, rematou o líder do CDS-PP bracarense.

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