A CDU vai votar contra o Plano e Orçamento da Câmara Municipal de Guimarães, anunciaram esta segunda-feira o deputado municipal José Torcato Ribeiro, do PCP, e a coordenadora Norte do PEV, Mariana Silva.
Em conferência de imprensa, os responsáveis da CDU afirmaram que, “apesar da ousadia dos números” da proposta de Orçamento e Plano de Actividades do município de 220 milhões de euros, apresentado como sendo o “maior de sempre”, ela revela “uma gestão incompetente, cansada, sem ambição e eleitoralista”.
“Sucedem-se os anúncios, os mesmos anúncios, sem qualquer correspondência entre a promessa e a concretização”, dizem.
Para o ‘chumbo’ da coligação PCP/PEV contribui a “estratégia de confundir os mais incautos” em matéria de mobilidade.
“Sempre que se refere ao metrobus como solução para o avanço nos transportes públicos colectivos em Guimarães, faz-se acompanhar do metro ligeiro de superfície. Porque apesar da verba do Fundo Ambiental ter sido atribuída para o estudo do metrobus a opção é confundir e dar asas a uma teimosia do senhor presidente Domingos Bragança que sonhava antes com um metro ligeiro de superfície”.
“Estamos entre os estudos e os sonhos”, apontam.
“CASAS NEM VÊ-LAS”
Sobre a habitação, José Torcato Ribeiro fala de sucessivos anúncios que “não passam de boas intenções”.
Refere que foram prometidas 60 casas no mandato anterior “e nem uma foi construída e a um ano de terminar o presente mandato continuamos no processo dos concursos”.
Ou seja: “Casas nem vê-las.”
O mesmo cenário com as residências para estudantes.
“Preocupa-nos que se anunciem diversos projectos na área da Educação a Escola-Hotel do IPCA, as novas instalações para a Escola de Engenharia da Universidade do Minho com as novas instalações para o curso de Engenharia Espacial, a Academia de Transformação Digital, mas não se aposte na construção de residências para os estudantes”, criticam, apontando que “a única residência que merece referência e investimento, neste documento, é o a residência que se encontra a 11km da Universidade do Minho”
“O Executivo de maioria PS não pode ignorar que é da sua responsabilidade promover condições de acolhimento a quem procura continuar a sua formação”, defendem.
Para a CDU, o Orçamento para 2025 “é um orçamento de continuidade de projectos importantes que foram ficando por executar e continuam a ser anunciados como as soluções milagrosas para o desenvolvimento de Guimarães”.
“Uma continuidade que não serve Guimarães, que não resolve os problemas do concelho e dos vimaranenses. Uma continuidade espelhada no já anunciado candidato do PS, o rosto de muitos destes anúncios, uma continuidade cansada e sem rasgo. Uma continuidade que apenas promete que Guimarães possa continuar a ser o concelho dos baixos salários, do emprego instável, das receitas que já conhecemos e que não resultaram”, dizem.