O Centro Social do Vale do Homem (CSVH) esteve representado num debate sobre “Os novos desafios do urbanismo e da habitação”, promovido pela delegação de Aveiro da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), que teve lugar na sede da Fundação Engenheiro António Pascoal.
O presidente da instituição, Jorge Pereira, interveio no painel “A Habitação em co-living e co-housing” e fez-se acompanhar pela diretora de serviços do Centro Social & Lar das Termas, Zélia Lopes.
Jorge Pereira foi orador convidado deste evento, tendo feito a contextualização desta IPSS e das suas diferentes estruturas, com enfoque nos “projetos diferenciadores” na área social em termos de habitação.
Deu a conhecer as “Casas do Minho”, que ficarão localizadas dentro da área da Quinta do Senhor, em Vila Verde, e que se trata de uma “resposta social inovadora” denominada habitação colaborativa.
“Este é um novo modelo que prioriza a inclusão e o combate ao isolamento de pessoas idosas ou com deficiência, em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de proporcionar equilíbrio entre a individualidade e a vivência em comunidade destas pessoas”, refere o CSVH.
Jorge Pereira mencionou, ainda, o projeto “Casas da Aldeia – residências de autonomização e inclusão (RAI)”, que apontou como “resposta única e inovadora no concelho de Barcelos” e que terão como principal objetivo “dar uma maior resposta habitacional a pessoas com deficiência ou incapacidade mas que conseguem viver de forma autónoma, proporcionando-se assim condições para um projeto de vida mais inclusivo, nomeadamente através da formação, apoio nas atividades de vida diária, integração no local de trabalho, entre outras ações”.
Para Jorge Pereira, “estes são projetos deveras diferenciadores porque integram pessoas com determinadas limitações físicas ou psicológicas, evitando a sua exclusão na sociedade. São respostas sociais que levam a uma maior integração do indivíduo numa vida diária normal”.
O presidente do CSVH sublinhou ainda “a necessidade de políticas públicas e sociais que ajudem a IPSS a construir mais projetos com estas características”, dando nota de que “se não fosse a candidatura a fundos comunitários através do PRR teria sido impossível avançar-se para a concretização destas novas estruturas”.
“É um bom início, mas o Governo deverá ter um olhar cada vez mais atento ao social, reforçando-se os apoios e estratégias a curto e médio prazo”, rematou.