VILA VERDE (Política)

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Chega diz que executivo PSD ignora juventude

“Elegeram um vereador jovem e depois na prática, ao invés de aproveitarem a oportunidade de aproximar a política da juventude e trazerem os jovens para o centro decisório, colocam o mesmo na posição de adereço e a servir de vereador de um cargo fantasma”. Foi neste tom que Marcelo Duarte, o deputado municipal do Chega, acusou, na última noite, o executivo PSD de ignorar a juventude

Numa abordagem bastante crítica, o jovem deputado começou por sublinhar que “os jovens devem intervir com ideias transformadoras e claras, encaminhadas para a construção de um país mais justo e equitativo, onde não haja espaço para preconceitos políticos, ódio, vingança e, pior ainda, corrupção”.

Em jeito de reflexão, lembrou “as promessas eleitorais e o atual mandato deste executivo camarário. No discurso da campanha eleitoral, o atual executivo fez-se sempre acompanhar de um conjunto elevado de jovens nas suas atividades, exortando as suas capacidades e a sua importância na construção da democracia, prometendo mais e melhores medidas e, sobretudo, mais e melhores condições para a sua fixação no nosso concelho”.

Na sua óptica, “decorrido mais de um ano do atual mandato autárquico, verificamos que essas promessas ficaram encerradas na gaveta e que a importância e consideração pela juventude se resume a palavras ocas, nos 15 dias de campanha autárquica. Tinham como objetivo a inclusão dos jovens na tomada de decisões e até mesmo na vida política do nosso concelho,  promoveram uma campanha na qual exaltavam a juventude e a importância dos mesmos na construção da democracia, elegeram um vereador jovem e depois na prática, ao invés de aproveitarem a oportunidade de aproximar a política da juventude e trazerem os jovens para o centro decisório, colocam o mesmo na posição de adereço e a servir de vereador de um cargo fantasma”.

E diz que “a coisa ainda complica quando são sucessivas as atividades em que o mesmo comparece, algumas delas vocacionadas para a juventude e em nenhum momento lhe é dada a palavra. Como por exemplo na semana passada aquando da cerimónia de receção dos símbolos da jornada mundial da juventude, no qual tratando-se de uma atividade construída e direcionada para os jovens e tendo este executivo eleito um vereador jovem, fazia todo o sentido que o mesmo tivesse um papel ativo nesse evento. Verificou-se que, uma vez mais, o seu papel se resumia ao de adereço”.

Para Marcelo Duarte, “estamos numa altura em que cada vez mais assistimos ao afastamento e descrença dos jovens da política e a transformação desse descontentamento em radicalismo. Pois bem, sucede que, na verdade aquilo que assistimos é que nós jovens temos que conquistar as nossas posições a ferro e fogo, porque somos sistematicamente desconsiderados pela sociedade e claramente por este executivo”.

Conclui afirmando que “os caciques políticos estão tão enraizados que não é permitido a um jovem assumir uma posição de controlo nas tomadas de decisão e são abafados pelo sistema e pela máquina. Lamentavelmente, o silêncio do vereador jovem é o reflexo de que para este executivo e para o partido social democrata, os jovens são só um número e nada mais”.

ovilaverdense@gmail.com

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