Decorreu na manhã desta quarta-feria, 25 de Maio, a cerimónia de lançamento da Primeira Pedra do novo Centro Interpretativo do Artesanato em Cerâmica, na Vila de Prado. A obra, com um custo de mais de meio milhão de euros e que foi suportada pelo Município e com o recurso a uma candidatura europeia, será desenvolvida no espaço de aproximadamente um ano.
Depois de assinado o documento de confirmação do arranque da obra, este foi colocado no interior da “primeira pedra”, que marca o início dos trabalhos nesta construção, num momento protagonizado pelos artesãos presentes na cerimónia.
O momento contou também com a presença da presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, do presidente da Junta de Freguesia de Vila de Prado, Albano Bastos e ainda do padre João Correia que, posteriormente, realizou a bênção da pedra num momento aplaudido por todos os presentes.
Depois de um momento musical apresentado por dois jovens pradenses em representação da Escola de Música de Prado, um dos arquitectos responsáveis pela obra, Pedro Lemos, teve a oportunidade de explicar o objectivo do projecto.
«Encaramos este edifício com o objectivo de manter todo o historial que ele tem», contou Pedro Lemos, revelando que «se tentou intervir o mínimo possível, de forma a manter a pré-existência recheada de história».
Na sua intervenção, Júlia Fernandes destacou que a nova obra «foi feita com a prata da casa, com os nossos trabalhadores», referindo-se ao trabalho conduzido pelos técnicos do município. A autarca afirmou que este momento se trata de «um grande orgulho» e que este novo edifício «vai enriquecer todo o património cultural».
Já Albano Bastos realçou que «faz todo o sentido a reabilitação deste local histórico», recordando as «tradições muito antigas na arte da cerâmica por parte da Vila de Prado», num momento em que o presidente aproveitou para destacar «a famosa louça preta de Prado, conhecida mesmo nas terras mais longínquas».
Também Patrício Araújo, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Vila Verde, teve a oportunidade de evidenciar a «importância da reabilitação social e arquitetónica deste edifício», que, como referiu «acarreta consigo uma parte significativa da memória colectiva de todos e é parte essencial da identidade comunitária da região».
No final da cerimónia foi feita uma visita, aberta a todos os presentes, ao interior do edifício prestes a ser remodelado e transformado no novo Centro Interpretativo do Artesanato em Cerâmica.
Mais desenvolvimentos na edição impressa de Junho de 2022.