Cerca de meia centena de escuteiros de todo o país passaram os últimos quatro dias à descoberta de Vila Verde. A iniciativa XPTO – dirigida a escuteiros, caminheiros e candidatos a dirigentes – colocou à prova os jovens escuteiros. Divididos e grupos de três, ficaram «por conta própria», sem telemóveis e sem dinheiro, «apenas uma muda de roupa», mas acabaram por ser acolhidos e partilhar momentos com as «gentes acolhedoras das aldeias de Vila Verde».
«Quinta feira foi passada em Braga, em contato com pessoas com vidas naufragadas e histórias difíceis, em algumas instituições, a quem levaram alegria. De sexta-feira a domingo, passaram em algumas comunidades de Vila Verde. Tiramos-lhe o telemóvel, sem dinhero e só com uma muda de roupa, e deixamo-los em algumas comunidades. Não tinha nada e o desafio era ficarem em nove igrejas de Vila Verde e ficaram livres, total desprendimento daquilo que é supérfluo e levai alegria à comunidade», relata Pedro Sousa, o padre coordenador da iniciativa.
«Ainda hoje não têm telemóvel e foi uma experiência brutal para todos eles, que levaram Jesus a tantos idosos, a escolas que pararam para os acolher e ouvir, as próprias famílias que os acolheram e até deram trabalho, a arrumar lenha e limpar igrejas. O alojamento, as refeições e tido o resto foi aparecendo. Foi marcante», conta.
Juntaram uma caminhada ao Oural, «num trilho individual, um caminho de transformação a partir de Jesus».
A iniciativa culmina este domingo, com a celebração da Eucaristia e convívio com a comunidade local, onde cantaram e distribuíram alegria.
«A mais-valia da experiência é deixar-se transformar pelo amor de Deus e liberta-te do que é mais cómodo, para que – em contato com a realidade – haja transformação. Em segundo lugar, a experiência de contactarem com a população levam para a vida. Saberem que com pouco, quase nada, fazem a diferença na vida das pessoas».
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