A circular externa a Vila Verde, o designado Eixo Periférico Norte-Sul, já tem projeto de execução a decorrer. O estudo ficará pronto até final de 2024.
Em abril, conforme avançou o jornal O Vilaverdense, a Câmara de Vila Verde lançou o concurso para o projeto de execução do Eixo-Periférico Norte-Sul, uma nova via de cintura externa, entre Soutelo e Gême, que pretende funcionar como alternativa à Estrada Nacional 101.
«Espero, até ao final do ano, ter o projeto de execução concluído para, no próximo ano, avançar com os contactos das 205 parcelas envolvidas na obra», revela Júlia Fernandes, em declarações ao jornal ‘O Vilaverdense’.
O município espera iniciar as obras em 2025. «Não é, de todo, uma substituição da variante, mas acreditamos que poderá aliviar bastante o trânsito, beneficiando todos aqueles que precisam de usar diariamente esta via», sublinha autarca.
«É uma solução intermédia, vai permitir escoar o trânsito, porque as pessoas podem, já em Soutelo, junto das instalações do IPCA, conseguir passar todo este problema maior, o troço entre o Alívio e a sede do concelho, isso já vai facilitar», explica.
«Obviamente que não resolve o problema e a obra da variante à EN-101 continua em cima da mesa e continuamos, até ao final do ano, com este compromisso do Ministro Pinto Luz, de lançar um ponto de saída, o estudo», acrescenta.
Sete quilómetros e mais de 8 milhões de investimento
O Eixo Periférico Norte-Sul, que terá cerca de sete quilómetros de extensão vai, assim, ligar a zona onde está o polo do IPCA, em Soutelo, e o parque industrial de Gême. «Vamos aproveitar algumas vias existentes, que serão alargadas e ficarão com um perfil idêntico à EN 101, com passeios e ciclovias, além de criarmos vias novas», sublinhou Júlia Fernandes.
Fazendo um ponto de situação, a Presidente explica que estão a ser feitas «as alterações necessárias reportadas pela Infraestruturas de Portugal para melhoria do trajeto, nomeadamente a incorporação de rotundas».
Para 2025 está previsto o início das obras, mas não o seu término. «Para o ano não é exequível estar pronta, dado que é uma obra de quase sete quilómetros», começa.
Além disso, «implica 205 parcelas a adquirir e é de grande envergadura, não é exequível fazê-la num ano», reforça. «Mas o meu objetivo é lançar, se não toda, pelo menos uma parte, já para o próximo ano», termina.
Além das parcelas, é necessário adquirir duas casas. «Uma já está adquirida, outra em execução, ambas estão desabitadas no momento», informa.
Este investimento, embora seja apenas especulação, por não estar terminado o projeto, aponta para os «oito e os dez milhões de euros», termina a autarca.
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