A Câmara Municipal esposendense, em parceria com a Cooperativa Agrícola de Esposende, tem assegurado a destruição dos ninhos da vespa velutina, espécie animal invasora que causa elevados prejuízos nos sectores agrícola, apícola e ambiental, o que se traduz numa “aparente estabilização” do número de vespas.
Em nota à comunicação social a propósito da Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI), que decorre até este domingo, a autarquia afirma que no seu território “de forma proactiva elaboraram-se armadilhas, com materiais gratuitos e reutilizáveis, no sentido de permitir uma captura adicional de indivíduos, especialmente de fundadoras, que dariam origem a novos ninhos”.
“Os resultados das capturas têm-se revelado animadores, na medida que se vão testando e substituindo novos tipos de iscos”, refere.
O número de ninhos desta espécie, detectados e destruídos no concelho, “vieram gradualmente a diminuir, apresentando uma aparente estabilização”.
Em 2014 foram 248, em 2015 registaram-se 170, em 2016 165 ninhos, em 2017 foram 165, em 2018 os dados referem 164 e, em 2019, 155 ninhos, totalizando 1 067 ninhos.
“Assim, tendo o número de ninhos estabilizado, para tentar diminuir mais ainda este número, este ano a autarquia avançou com a colocação de armadilhas, se bem que os apicultores do concelho também tenham a prática de colocar armadilhas”, explica o comunicado.
No território concelhio, de forma proactiva elaboraram-se armadilhas, com materiais gratuitos e reutilizáveis, no sentido de permitir uma captura adicional de indivíduos, especialmente de fundadoras, que dariam origem a novos ninhos. Os resultados das capturas têm-se revelado animadores, na medida que se vão testando e substituindo novos tipos de iscos.
A vespa velutina é nociva por várias razões, nomeadamente porque se alimenta de abelhas; provoca prejuízos na agricultura, especialmente nas culturas cuja frutificação depende da polinização entomófila; tem impactos negativos em alguns ecossistemas, atendendo que de se alimenta de forma generalizada de outros insectos, cujo impacto não está ainda determinado; e pode constituir ameaça à segurança de pessoas, uma vez que a sua picada já foi responsável por algumas mortes em Portugal.
A adaptação desta espécie ao clima do país tem-se revelado dinâmica, como tal, a resposta também passa por uma gestão adaptativa. A espécie, que supostamente hibernaria, tem apresentado actividade durante todo o ano, entre outras alterações de comportamento que se vão verificando.
Refira-se que, ainda no âmbito da Semana Nacional sobre Espécies Invasoras, o município, em parceria com a Associação Florestal do Cávado, através da equipa de sapadores florestais, está a promover o controlo de pequenos núcleos de acácias.
A Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI) visa aumentar a sensibilização sobre as invasões biológicas. Neste contexto, importa saber que a introdução de espécies não indígenas causa inúmeros desequilíbrios ambientais e prejuízos económicos, sobretudo a vespa velutina, conhecida por vespa asiática.