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Comédias do Minho com cerca de 20 iniciativas programadas em 2025

As Comédias do Minho apresentam em 2025 cerca de 20 iniciativas que incluem estreias, cocriações nacionais e internacionais, a par de oficinas, cursos e festivais, sob o lema “Ir ao Encontro”.

O tema da programação para 2025, apresentada em Paredes de Coura, reafirma a missão da associação cultural em “estreitar laços com as comunidades e responder às mudanças sociais e económicas que marcam o Alto Minho”, para “chegar às pessoas, onde quer que estejam, e abrir portas que possam ter sido fechadas, física ou simbolicamente”, explicou a diretora artística, Fátima Alçada.

Já em março, a companhia de teatro profissional apresenta, nos cinco municípios associados ao projeto (Paredes de Coura, Monção, Valença, Melgaço e Vila Nova de Cerveira), a produção “Chegar a Tempo”, a estreia nacional de uma encomenda à encenadora Joana Craveiro e ao Teatro do Vestido “que aborda o desaparecimento de lugares centrais das comunidades, como cafés, lojas ou supermercados”.

“Esta criação explora o impacto do desaparecimento de espaços comunitários no Alto Minho, partindo de entrevistas e pesquisas locais para criar um retrato íntimo e crítico sobre as mudanças nas comunidades”, descreveu a companhia.

O convite a Joana Craveiro “foca-se nas ideias de fantasmagoria, abandono, transformação e perda, para refletir sobre marcas que ficaram da crise sanitária decorrente do covid-19, que obrigou ao encerramento de tantos espaços”, disse a diretora artística.

A 13 de julho, a companhia sobe ao palco do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com a produção “Aves”, uma cocriação das Comédias do Minho com a mala voadora e apresenta uma versão contemporânea da obra de Aristófanes.

A programação “inclui ainda uma parceria internacional”, o projeto In Continuo, liderado pela companhia Kamchàtka, que promove oficinas experimentais em todos os municípios, reunindo cerca de 100 participantes locais para apresentar um espetáculo em 2026.

No âmbito do projeto comunitário, a ligação às populações é aprofundada com a realização, a 19 de abril, da Queima de Judas, “um espetáculo de teatro de rua com forte envolvimento comunitário que as Comédias do Minho realizam, desde 2006, a convite do Município de Vila Nova de Cerveira”.

Em maio, regressa o Fitavale – Festival Itinerante de Teatro Amador do Vale do Minho, que reunirá os grupos amadores dos cinco municípios.

Para esta edição, as Comédias do Minho desafiaram cinco dramaturgas e dramaturgos a escrever um texto original para cada um dos cinco grupos de teatro amador.

“Este desafio, fruto de uma ‘open call’ muito participada, pretendeu cruzar universos amadores e profissionais e potenciar um trabalho colaborativo na construção de uma narrativa comum, desafiada pelo território e pensada para as pessoas”, refere a associação.

O resultado vai ser apresentado entre 19 e 28 de junho.

Entre 07 e 12 de julho, realiza-se a 6.ª edição do projeto Atlas, uma iniciativa direcionada a jovens dos 12 aos 16 anos, que envolve “cinco artistas e cinco grupos de jovens que, ao longo de uma semana, vão explorar e experimentar diferentes abordagens do universo das artes”, fazendo uma apresentação pública em julho.

Para os alunos do 4.º ano do ensino básico do território, as Comédias do Minho apresentam “Para que Serve a Cultura”, com miniconferências de filosofia, incentivando a curiosidade e o debate.

Em 2025, continua o Curso Alargado Sem Interesse Nenhum, que “desafia jovens do ensino secundário a explorar novas possibilidades criativas, envolvendo nomes como Albano Jerónimo, Afonso Cruz, Beatriz Batarda e José Maria Vieira Mendes”.

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