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Comércio e serviços propõem fechar mais cedo para poupar energia

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) afirmou, esta segunda-feira, estar disponível para discutir a redução dos horários de funcionamento dos estabelecimentos, superiores à média europeia, em resposta ao pedido de contributos para o Plano de Poupança de Energia.

«A CCP encontra-se disponível para discutir medidas mais estruturais, como a redução dos horários extensivos de funcionamento no comércio e nos serviços», afirmou a confederação, em comunicado.

Para além disso, a Confederação salientou que «Portugal tem uma média semanal de funcionamento muito superior à média europeia».

Esta posição surge na sequência do pedido da Agência para a Energia (Adene) de contributos para a elaboração do Plano de Poupança de Energia, que deverá ser conhecido até ao final do mês.

«Caso as medidas a implementar proximamente não sejam suficientes para o cumprimento do compromisso assumido por Portugal, esta confederação está disponível para discutir outras medidas, como a redução de horários de funcionamento (à semelhança do que já foi decidido em outros países)», realçou a CCP.

TRANSIÇÃO DE FORMA «ORGANIZADA E EQUILIBRADA»

Para a confederação, o tema deve ser estudado, de forma «organizada e equilibrada», também face ao problema da falta de mão de obra e à evolução das operações eletrónicas e automação dos pontos de venda.

Como medidas a adoptar no curto prazo, a CCP admitiu o controlo de temperaturas em estabelecimentos comerciais ou edifícios de serviços e a diminuição da iluminação nocturna (montras e iluminação pública), tal como está a ser adotado noutros países europeus, mas advertiu para a «necessidade de garantir o reforço da segurança e policiamento».

Por fim, a confederação liderada por João Vieira Lopes, defendeu também os incentivos fiscais para a adopção de soluções energeticamente mais eficientes como, por exemplo, lâmpadas LED e painéis fotovoltaicos.

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